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Natal de 2017 será melhor para as varejistas

Por Jeniffer Oliveira - 04 de Outubro 2017

Após dois anos de recessão e queda nas vendas do comércio, setor prevê que o Natal de 2017 será o melhor dos últimos quatro anos. A inflação, que tanto comprometeu o poder de compra das famílias, deu trégua este ano. Com a desaceleração dos preços, os juros também caíram. Os consumidores encontram a possibilidade de comprar produtos à vista com preços mais em conta, ou em prestações que caibam no orçamento.

 

Outro fator que nutre as expectativas de um Natal mais próspero é a melhora do mercado de trabalho. Após o contingente de desempregados ter atingido quase 14% da população ativa no auge da recessão, o aumento das contratações — a princípio em regime informal e recentemente também com carteira assinada — reforçam a perspectiva de incremento nas vendas.

 

Devido ao cenário favorável, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera para o Natal de 2017 um crescimento de 4,3% nas vendas.  A expectativa de maior movimento nas lojas também contribuirá para a geração de vagas temporárias no comércio, que devem crescer 9,6% em relação ao ano passado, a CNC projeta a geração líquida de 73,1 mil vagas temporárias.

 

Outro fator que poderá impactar na melhora das vendas do fim do ano é a injeção de R$ 15,9 bilhões na economia, a partir deste mês, com os saques das contas do PIS/Pasep. A medida, autorizada pelo governo, deve favorecer cerca de 8 milhões de consumidores. Embora o valor e o número de beneficiários sejam menores que os envolvidos no resgate das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no primeiro semestre, é um montante equivalente a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), que contribuirá com um fluxo extra de recursos para o consumo.

 

As expectativas para o Natal são positivas não apenas por um benefício exclusivo e temporário do varejo. A previsão de melhora das vendas é um sinal de que o consumo das famílias, que responde por cerca de 60% do PIB, está dando sinais de retomada, ainda que lentamente. E a perspectiva de empregos temporários reforça a confiança dos empresários, que tendem a elevar os investimentos a médio prazo. São sinais macroeconômicos fundamentais para garantir um crescimento sustentado da economia.

 

Com informações do Correio Brasiliense

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