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No primeiro trimestre de 2019, Via Varejo teve grandes quedas

Na última cotação, realizada ontem, terça-feira (23), a Via Varejo (VVAR3), controladora das redes varejistas Casas Bahia e Ponto Frio, apresentou prejuízo total de R$ 49 milhões no primeiro trimestre de 2019, valor acima do estimado pelos analistas que previam um prejuízo líquido de R$ 5,2 milhões. Neste último resultado, a varejista soma três vezes consecutivas de quedas trimestrais.

De acordo com a empresa, a queda ocorreu devido ao ambiente competitivo, ao fim do incentivo fiscal da Lei do Bem e à menor penetração de produtos rentáveis e serviços no trimestre. O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 521 milhões, queda de 18,2% ante o índice registrado um ano antes. A margem Ebitda foi de 8,2%, queda de 1,5 ponto porcentual ante a margem de 9,7% do primeiro trimestre de 2018. A receita líquida caiu 4% ficando em R$ 6,3 bilhões. O faturamento (receita bruta consolidada) foi de R$ 7,4 bilhões, 1,6% inferior ao mesmo período do ano passado. O faturamento das lojas físicas avançou 0,3%, ajudado pela abertura de 66 novas lojas nos últimos 12 meses. Já o faturamento das lojas online caiu 7%. A margem bruta foi de 27,6%, recuo ante margem bruta de 33,2% no ano anterior. A dívida financeira da empresa foi de R$ 917 milhões no período, bem acima da dívida de R$ 624 milhões do primeiro trimestre do ano passado.


Redução de despesas

Entretanto, de acordo com a “Bloomberg”, as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram um recuo de 19,8%, somando positivamente R$ 1,2 bilhão, em comparação com ano de 2018.

A empresa já havia afirmado em fevereiro deste ano que as despesas seriam a prioridade da companhia. Algumas reduções tiveram grande relevância para a varejista atingir esse recuo, dentre elas, está a redução de despesas com processos trabalhistas. “Outras iniciativas já foram concluídas e outras estão sendo implementadas (como a redução do custo de locação) buscando reduzir ainda mais as despesas com SG&A, sem impactar vendas e nível de serviço ao cliente”, afirmou a empresa. Ademais, o índice de inadimplência no crediário acima de 90 dias teve um recuo e ficou em 6,6%. Já no passado, no mesmo período de primeiro trimestre, o índice de inadimplência estava em 7,5%.

Expectativa

É esperado que a empresa invista neste ano, algo em torno de R$ 550 a R$600 milhões. No primeiro trimestre, a Via Varejo, já investiu R$ 104 milhões. Nesse mesmo período, total de seis lojas foram fechadas e 15 abertas. “Seguimos em 2019 com a estratégia de abertura de lojas em regiões com potencial de crescimento e que ainda não estamos presentes, com a avaliação contínua do desempenho do nosso parque de lojas” afirmou a companhia. Apesar dos resultados fracos, a empresa prometeu entregar uma recuperação “gradual e consistente” nos próximos períodos e disse que os seus sistemas avançaram no processo de estabilização durante o trimestre.

De acordo com a Via Varejo, equipes foram criadas no início deste ano para promover uma evolução operacional e solucionar problemas que foram enfrentados no final do ano passado. Os objetivos da Via Varejo continuam em priorizar uma estratégia comercial, reduzir despesas e a alavancagem operacional. Além de recuperar receita através de venda de ações na bolsa. Os seus acionistas, o GPA, venderam cerca de 43 milhões de ações da Via Varejo o que resultou em uma participação reduzida de 39,36% para 36,27%.

 

(Com informações do Seu Dinheiro e IstoÉ) 

 

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