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Norte de SC vive desafio de voltar ao topo

Por Jeniffer Oliveira - 10 de Novembro 2017

O polo moveleiro do Planalto Norte Catarinense, que contempla São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre, tem expectativa de crescimento moderado do setor até o ano que vem. Parte da reação do mercado poderá ser sentida neste final de semana na 27ª Feistock, que deve gerar mais de R$ 13 milhões em negócios até domingo (12), em São Bento do Sul.

 

Com forte participação no ramo das exportações, o segmento de móveis e madeira sentiu os impactos da instabilidade cambial. Já no mercado interno, a queda do consumo também refletiu em um menor número de vendas e influencia diretamente na economia local. Somente em São Bento, a categoria representa cerca de 20% do produto interno bruto (PIB).

 

Entre janeiro e setembro, a cidade foi responsável por 11% das exportações do setor no Estado, conforme dados do Observatório da Indústria da Fiesc. Porém, a participação neste nicho já foi maior e o desafio é retomar o patamar anterior. No início da década, São Bento despachava 17% dos móveis e madeira exportados por Santa Catarina. Hoje, a cidade é superada por Caçador, no Oeste, que aumentou de 14% para 17% de participação.

 

Representantes de sindicatos e associações da indústria moveleira acreditam que o setor siga, de forma lenta, os sinais de recuperação econômica brasileira e volte a crescer em breve. Entre as apostas do polo para conquistar espaço tanto no país quanto no exterior são os produtos de madeira maciça renovável no lugar de chapas, produção de móveis desmontáveis, design inovador e acabamento.

 

Para José Antonio Franzoni, Presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul (Sindusmóbil), que representa 240 empresas do ramo na cidade e em Campo Alegre, o crescimento deve ser moderado e pouco expressivo a curto prazo. A expectativa é de melhora mais efetiva no ano que vem. “Enfrentamos uma crise severa nos últimos anos porque as empresas da região atuam parte voltadas ao mercado interno e parte em exportação. No mercado nacional houve recessão. Na exportação, forte desvalorização do dólar, agravada em 2015. O câmbio voltou a valorizar e estabilizar, entre 2016 e 2017, mas o dólar está no limite mínimo para viabilizar a competitividade no mercado externo” avalia Franzoni.

 

Com informações do Diário Catarinense 

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