Técnicas de pintura e impressão na MovelPrint
O grande diferencial das indústrias moveleiras, aliado ao design estratégico, é o acabamento dos processos de pintura ou impressão. Em um momento de mercado em que a redução de custos e a diferenciação são fatores decisivos para as empresas, o MovelPrint chega para levantar questionamentos sobre o que já vem sendo, há tempos, praticado no mercado externo. Com controles, características e preocupações técnicas muito diferentes, a impressão decorativa ou “decor printing” é a realidade de grande parte das indústrias moveleiras nos principais mercados produtores no exterior. A qualificação das equipes de trabalho é o grande segredo para alcançar tais resultados. Por esta razão, um grupo de empresas, especializadas no processo de pintura e impressão uniu conhecimentos para levar preciosas informações técnicas aos fabricantes de móveis de todo o País, no MovelPrint – Seminário Técnico de Impressão de padrões e texturas para a indústria moveleira.
A 2ª edição do evento abordou temas como os tipos de impressão nas linhas de pintura e secagem, qualidade total na pré-impressão e gravação, a pintura com a tecnologia de gravação direta na borracha, debate sobre os critérios na escolha da borracha para a impressão de qualidade superior, lâminas adequadas para melhorar o produto e conservar o cilindro, variáveis de controle de tintas UV e sobre os benefícios e oportunidades da impressão digital na indústria moveleira. Com foco em projetos de consultoria às indústrias moveleiras, trabalhando com viés técnico, a ProjetoPack & Associados, promotora do evento, reuniu empresas parceiras para apresentarem no evento soluções estratégicas.
Com ampla capacidade técnica, os palestrantes apresentaram dicas para cada etapa do processo. Segundo Alexandre Pastrolin, Gerente Comercial da Crippa Máquinas, “O acabamento final somente terá uma excelência se os equipamentos da empresa forem adequados. Com máquinas apropriadas, a primeira etapa deve ser calibrar o material com as lixas na granulação certa, porque um material com diferente espessura ou com um lixamento inadequado pode acabar com o resultado final, acarretando em aplicação desproporcional de material na peça, riscos da lixa, grande absorção de produtos, etc. A aplicação de massa também pode ser um grande vilão neste processo, pois a base (massa) é o que dará um suporte para que as demais camadas de pintura (primmer) e impressão tenham ótimos resultados”, destacou Pastrolin.
Neste processo, a matriz de impressão é o coração do conjunto impressor, pois é ela quem é responsável por transferir o desenho. Segundo o Diretor de gravação e produtos de imagem da Laserflex, Otavio Augusto Kaiel Ronconi, “do ponto de vista de produção de matrizes para impressão, o principal aspecto a ser levado em consideração pelo fabricante de móveis é o planejamento. Ele deve, com antecedência, iniciar o projeto de um novo desenho para que, com tempo hábil, consiga a melhor definição possível, o perfeito ajuste de cores e máquina. Portanto, ao optar por desenvolver um novo desenho, ele deve dar tempo para pesquisa, desenvolvimento, produção de protótipos e para os ajustes finais".
Para Ricardo Augusto Lie, da Ampla Digital, fabricante de impressoras digitais de grandes formatos, “especificamente com relação à impressão digital, a indústria moveleira nacional está em um estágio bastante inicial, com uma vasta avenida adiante a ser percorrida. Isso significa um mar de oportunidades para quem possui um perfil mais arrojado e com capacidade de desenvolver comercialmente as potencialidades que a impressão digital oferece”. Também, segundo ele, para um bom trabalho de impressão é imprescindível a obtenção de arquivos e originais de imagens de alta qualidade e resolução. Na impressão, a correta manutenção e ajustes dos equipamentos é de fundamental importância para um bom resultado final.
Realizado no dia 28 de setembro, no Senai, em Bento Gonçalves, o Seminário Movelprint recebeu cerca de 150 pessoas. O evento contou com o apoio de importantes entidades ligadas ao setor, entre elas: Sima (Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas), Simovale/Amoesc (Sindicato da Indústria Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai), Sicom (Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Lagoa Vermelha), Sindimol (Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do ES), Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do RS), Affemaq (Associação dos Fornecedores para a Indústria de Madeira e Móveis) e do Instituto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário, que acolheu os participantes em sua estrutura.
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