O governo pode tornar a coisa ainda pior para os empresários
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No Cá Entre Nós dessa semana, Ari Bruno Lorandi traz uma reflexão sobre os feitos do governo que prejudicam a vida dos empresários brasileiros. “Agora, depois do trabalhador processar a empresa pedindo indenização por acidente de trabalho, o juiz terá de comunicar à Advocacia Geral da União (AGU) os casos em que a empresa for considerada culpada. Sabe pra que? pra que a empresa seja processada pelo INSS e devolva à Previdência os valores gastos com benefícios!”, avisa Lorandi.
O apresentador explica: “É bom lembrar que a Ação Regressiva Previdenciária existe desde 2003, através da Lei 10.666/03, mas só agora ela deve se tornar efetiva, a partir da integração entre a Justiça do Trabalho e a Advocacia Geral da União. O INSS vai "na boa", depois que a culpa da empresa já foi discutida e decidida no primeiro processo, o de indenização ao trabalhador. A empresa paga ao empregado, e o INSS também vai buscar o seu dinheiro...”.
Assista ao comentário na íntegra no player acima.
Mas, se por um lado o Cá Entre Nós mostra que as coisas não estão boas para o lado dos empresários... por outro, os resultados da produção de móveis mostram que o empresário moveleiro tem motivo para se animar. A indústria moveleira registrou alta de 6,8% na produção de móveis em janeiro em comparação com dezembro. Nos 12 meses fechados em janeiro a alta acumulada chega a dois dígitos. Isso não se via desde 2010 quando a produção de móveis ultrapassou 12%.
Segundo Lorandi, o comportamento do varejo vai balizar o futuro da produção no curto prazo, considerando que o varejo trabalha praticamente sem estoque e compra quando vende. “Se continuar vendendo, as indústrias continuação produzindo em um ritmo não visto há muito tempo”, avalia.
Outra notícia que chamou a atenção durante a semana foi a movimentação da Casas Bahia na intenção de “deixar o pior para trás”. Depois de 2020, quando a explosão do e-commerce durante a pandemia levou a empresa a um lucro de R$ 1 bilhão, o agravamento da situação das Casas Bahia foi notório.
Com a taxa de juros em patamar restritivo, o endividamento das famílias disparou e as despesas financeiras da varejista aumentaram. Mas não foi só a conjuntura macro que atrapalhou a Casas Bahia. A empresa investiu muito no marketplace, uma aposta que acabou não dando certo e queimou caixa.
A estratégia, que tinha como pilares a diminuição da alavancagem, com redução de lojas, estoque e despesas com pessoal, além da reestruturação de capital, não impediu que em abril de 2024, o grupo pedisse recuperação extrajudicial para renegociar dívidas de R$ 4 bilhões. De lá para cá, a Casas Bahia vem arrumando a casa.
No ano, as perdas diminuíram: saíram de R$ 2,6 bilhões em 2023 para R$ 1 bilhão em 2024, uma redução de 60%.
Entrevista
Nesta semana Ari Bruno Lorandi realizou uma entrevista com um dos maiores conhecedores da cadeia de suprimentos do setor colchoeiro, Rene de Oliveira, diretor da Overseas. Por sua expertise, Rene também é membro do Conselho Editorial do Anuário de Colchões Brasil. O empresário conversou com Lorandi a respeito da geopolítica na cadeia industrial, além de falar sobre a importância da tecnologia e as tendências do setor colchoeiro.
Assista no player acima a edição completa desta segunda-feira do programa 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi.
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