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Uma boa pergunta: para onde caminha o setor colchoeiro?

Por Ari Bruno Lorandi - 07 de Junho 2024

Começamos com uma constatação surpreendente: os jovens de hoje são mais consumistas do que a geração anterior. O relatório da Trans mostra que o índice global de dívida-renda para os jovens de 22 a 24 anos é de 16%, enquanto para os millennials da mesma idade em 2013 era de 12%.

 

Se o seu público-alvo é a geração Z, especialmente entre 22 e 24, a dívida e as taxas de inadimplência em cartões de crédito, hipotecas e empréstimos estudantis é preocupante. 

 

Além disso os jovens adultos de hoje estão ganhando menos do que os millennials da mesma idade com renda média de US$ 45 mil em comparação com US$ 52 mil ajustados pela inflação. 

 

Outro tema relevante que vem sendo tratado pela equipe da Móveis de Valor é a incessante busca por alternativas aos painéis de madeira

 

Na edição deste mês, a revista traz informação de que o BNDES está financiando a produção de madeira plástica. O micélio, um fungo que pode ser misturado a subprodutos do agro se transforma em material para produção de móveis e outra empresa usa bioplástico de cana-de-açúcar em uma coleção de móveis.

 

Está na hora de surgir alternativas ao uso de painéis de madeira, como aliás aconteceu com o antigo aglomerado e o MDF há algumas décadas. Depois disso nenhuma alternativa de peso chegou.

 

Você pode ver tudo isso clicando aqui.

 

Hoje, no Cá entre nós, eu faço um questionamento: Para onde caminha o setor colchoeiro?

 

Para começar, é recomendável que o setor colchoeiro comece a falar, promover e vender camas, ou seja, o conjunto para dormir e não mais só falar de colchão. O crescente uso do box incorporou a base ao colchão. Então devemos falar cama e não apenas colchão.

 

Eu acredito que estamos atravessando a fase mais crucial na indústria colchoeira.

 

Precisamos transmitir ao consumidor uma imagem clara sobre os benefícios da cama para que ele decida o que comprar para ter um sono reparador. 

 

leia: Comunicação nunca foi o forte do setor moveleiro

 

Também merece aplauso as ações de fiscalização que tentam tirar de circulação colchões de qualidade inferior às normas do Inmetro, apesar das normas não serem tão exigentes quanto deveriam. 

 

A isso se soma uma determinação da Anvisa para que sejam suspensas todas as propagandas e publicidades que atribuam propriedades terapêuticas, de saúde ou funcionais não autorizadas a produtos fabricados, distribuídos ou comercializados em território nacional.

 

Significa que está proibida afirmação que sugira que um colchão tem efeitos benéficos sobre a saúde, prevenção, tratamento ou cura de doenças. A não ser que a empresa possua comprovação científica sobre os benefícios do produto aprovada pela Anvisa.

 

Cá entre nós: Tudo seria mais vantajoso para fabricantes e consumidores se houvesse ética, respeito e honestidade. A indústria venderia camas com muito mais qualidade, o consumidor dormiria em paz e viveríamos mais felizes. Ou não?

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