Paraíba quer ser polo colchoeiro do Nordeste
Em entrevista à Móveis de Valor, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, afirma que o Estado caminha para se tornar polo colchoeiro. Segundo ele, a política de incentivos fiscais, aliada a posição geográfica e de infraestrutura do Estado, são diferenciais que tem atraído empresas do segmento. A seguir, a entrevista exclusiva concedida por ocasião da inauguração da nova planta industrial da Alpha Motion, na Paraíba:
Móveis de Valor – Qual a importância da implantação de uma empresa como a Alpha Motion para o Estado da Paraíba?
Governador Ricardo Coutinho – Nossa política tem sido a de estimular o crescimento de vários setores e a vinda da Alpha Motion agrega tecnologia local a um segmento extremamente competitivo como o de colchões. Já temos fábricas de importância nacional instaladas no Estado, como Plumatex, Anjos e Americanflex, e a atração de fornecedores desta cadeia é a sequência natural no processo de industrialização.
MV – Quais as vantagens do Estado para empresas como a Alpha Motion?
RC – Além da condição geográfica, que coloca a Paraíba no centro da região Nordeste, temos uma boa malha rodoviária. E isso é fundamental para quem quer atender o Nordeste. Temos uma excelente rede de fibra ótica e bom nível educacional, o que garante mão de obra de qualidade. Inclusive dispomos de 12 escolas técnicas formando pessoas. Além disso, a Paraíba dispõe de indicadores econômicos excelentes e boa competitividade em diversas áreas. E, no caso da Alpha Motion, nós acolhemos a empresa desde a primeira reunião que fizemos com seus diretores e procuramos auxiliar em tudo que nos foi solicitado.
MV – Como o Senhor avalia a política de incentivos fiscais para atração de empresas?
RC – Se o Brasil fosse um País igual não precisaríamos de incentivos, mas nossa realidade difere muito de uma região para outra. Sendo assim, temos de usar incentivos para alavancar a industrialização e garantir empregos. Nós temos sim, aqui na Paraíba, uma política de incentivos para atração de empresas e isso pode fazer o Estado perder receitas diretas, mas ganha com a oferta de empregos e a consequente geração de consumo.
MV – O senhor acredita que a Paraíba possa se tornar um polo colchoeiro?
RC – Com certeza. Já temos o início de um polo aqui e o Estado se propõe a ser parceiro em várias áreas, como na formação de mão de obra. Nossa política para centros de distribuição é uma das mais agressivas do Brasil. Temos um bom ambiente de negócios e penso que esta é a principal atribuição do Estado: proporcionar esse ambiente para que as empresas progridam. E nós estamos abertos a tratar com os todos os integrantes desta cadeia para identificar a melhor maneira de virem para a Paraíba.
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