Pele de pirarucu é material para coleção de móveis de designer
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O designer brasileiro Gian Castelli criou uma coleção de móveis com estofados revestidos de pele de pirarucu, peixe nativo da região amazônica. Chamada "couro bio", a matéria-prima é considerada sustentável, pois vem de um material que seria descartado.
"O pirarucu, que já esteve à beira da extinção, tornou-se um vetor de mudança na qualidade de vida de ribeirinhos pelo aproveitamento de sua pele, que, após a pesca do peixe para alimentação, costumava ser jogada fora", conta Gian.
Segundo dados do Instituto Mamirauá, a população do pirarucu em rios e lagos da Amazônia cresceu 425% nos últimos 10 anos, graças à pesca sustentável e ao monitoramento de espécies. Junto a isso, o reaproveitamento da pele contribui para o sustento das famílias da região.
Os móveis com pele de pirarucu fazem parte de duas coleções diferentes. A Hi-Tech traz uma poltrona e um banco metalizados com assentos no material advindo do peixe. As peças com ar futurista feitas de ferro ganharam um toque natural com as almofadas onde se destacam as escamas do animal em tons variados, como azul e branco.
Já a Pescare, seu último lançamento, traz um banco de madeira de cedro-rosa de 1,80 m de comprimento. Além da pele de pirarucu tingida de preto do assento e das almofadas laterais, o móvel traz uma estrutura feita usando a técnica Shou Sugi Ban, arte japonesa de queima da madeira, que a deixa com uma tonalidade escura.
"Cresci vendo muitos móveis e cercado por arte em geral. Com os anos, fui me envolvendo com design e arquitetura, e comecei a mexer com marcenaria e serralheria por pura curiosidade e necessidade de criar", finaliza o jovem designer de 26 anos.
(Com informações Casa e Jardim)
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