Pesquisa aponta aumento no volume de vendas online
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) registrou um faturamento de R$17 bilhões do setor de e-commerce no primeiro trimestre deste ano. O valor em questão mostrou um crescimento de aproximadamente 16% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O aumento de faturamento é a prova da popularidade do setor, que vem, progressivamente, se destacando no mercado.
O presidente da ABComm, Mauricio Salvador, afirma que o crescimento do segmento está diretamente ligado a alguns fatores-chave, os quais contribuíram com o sucesso das vendas, como a melhora da economia brasileira e a confiança dos consumidores. Com isso, a expectativa é que, no decorrer do ano, o desempenho continue a crescer.
Pesquisas apontam que, nos primeiros três meses deste ano, mais de 66 milhões de brasileiros fizeram compras de forma online. Resultando em 63 milhões de encomendas em transportes, com tíquete médio entre R$269 e R$301.
Os segmentos que impulsionaram as vendas, de acordo com o presidente da ABComm, foram os eletrônicos, a informática e a moda. Datas comemorativas, como O Dia das Mães, foram grandes contribuintes para os resultados positivos, pois os varejistas costumam aproveitar essas datas para fazer promoções e descontos em diversos produtos.
A ABComm já estimava o crescimento desse setor desde o começo do ano devido à estabilidade apresentada pelos e-commerces, realizando boas vendas, mesmo em cenários econômicos pouco favoráveis, mantendo, dessa forma, registro de vendas e faturamento. Os consumidores estão optando cada vez mais por realizar compras online em e-commerces.
Quem possui loja física e e-commerce tende a vender mais
Um estudo realizado pela ABComm mostrou de forma nítida que as lojas tradicionais de varejo que possuem e-commerce vendem mais do que aquelas que começaram como e-commerce e não possuem loja física.
O especialista em varejo e marketing digital da Fundação Getúlio Vargas, Marco Castro de Sá afirmou que a pesquisa só confirma que o varejo tradicional de lojas físicas é complementar para as estratégias de vendas digitais, e não uma concorrente. Os valores apresentados pelo estudo evidenciaram que a entrada das lojas físicas no e-commerce possui 51% das vendas totais, resultando em um faturamento de R$27 bilhões em 2018.
As pesquisas levantaram uma expectativa sobre o comércio eletrônico: ele deve chegar a um volume de vendas de R$79,9 bilhões em 2019. Se o valor for esse mesmo, o montante terá um crescimento de 16% comparado ao resultado de 2018 pelas lojas virtuais, tornando-se o melhor desempenho desde 2015. Com isso, as micro e pequenas empresas devem ter um aumento na participação do faturamento de 29%.
Aumento das vendas do setor de móveis acontecerá no 2° trimestre do ano
Estima-se que o setor varejista de móveis e eletrodomésticos tenha um aumento de 0,19% no segundo trimestre de 2019. O aumento foi registrado em comparação com os três primeiros meses do ano. Esses dados foram apresentados pelo estudo de Intenção de Compra do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo (Ibevar).
Mesmo com uma alta, se comparado à quantidade de vendas do segundo trimestre de 2019, sendo praticamente o mesmo no igual período de 2018, haverá um recuo de 2,07% no segmento. Isso mostra que o segmento de móveis ainda vai demorar um pouco mais de tempo para se consolidar.
Contudo, alguns produtos específicos ainda estão em alta devido à necessidade de qualidade e confiança, como os móveis de um quarto de bebê, os quais precisam possuir funcionalidade e, acima de tudo, um bom acabamento que garanta a segurança do bebê.
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