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Polo de Arapongas aumenta exportações

Por Jeniffer Oliveira - 09 de Janeiro 2019

Nos últimos três anos, a participação do polo moveleiro nas exportações de Arapongas (PR) aumentou 60%. Este é o reflexo de uma reinvenção pela qual o setor passou a partir da crise econômica de 2013, quando as empresas começaram a buscar novos parceiros comerciais fora do País. Um dos impulsionadores deste movimento é a parceria entre o Sindicato da Indústria Moveleira de Arapongas (Sima) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que ainda vê um grande potencial a ser explorado.

 

O polo de Arapongas é composto por cinco municípios: Apucarana, Califórnia, Rolândia, Sabáudia e a cidade-sede, que possuem juntos 527 indústrias, empregando mais de 12 mil pessoas. Ao longo dos 50 anos de história, o polo sempre foi voltado para suprir as demandas do mercado interno, mas esta situação começou a mudar há alguns anos, quando a economia local desaqueceu e as empresas precisaram buscar novos compradores.

 

“O setor tem evoluído a passos largos, alcançando mercados que antes não eram nem cogitados. Hoje, os móveis produzidos em Arapongas podem ser encontrados em todos os lugares do mundo. Vimos que nosso produto tem qualidade e competitividade no exterior e estamos prontos para ganhar ainda mais mercado lá fora”, afirma o presidente do Sima, Irineu Munhoz.

 

O fortalecimento das exportações fica claro nos dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, relativos ao município. Em 2016, foram US$ 33,1 milhões movimentados através da exportação de móveis e estofados. No ano seguinte, alta de 23%, chegando a US$ 40,8 milhões. Em 2018, foram negociados US$ 37,9 milhões.

 

A participação nas exportações do município também aumentou. Em 2016, móveis correspondiam a 44% do total exportado por Arapongas. Em 2017, o número para 64%. Em 2018, chegou a 70%.

 

Uma das empresas que tem se consolidado no exterior é a Móveis Albatroz, que apesar de ser criada em 1986, só começou a se aventurar no mercado externo há cerca de dois anos. Atualmente, as exportações representam 15% do faturamento total da empresa, segundo o gerente de exportações da empresa, Renato Sobrinho. “Hoje, temos negócios em 25 nações diferentes, na América, Europa, África e Ásia. De 2017 para 2018, aumentamos em 170% nosso volume de exportações. Em média, exportamos 20 mil peças por mês”, complementa.

 

A alta nas exportações forçou a Albatroz a criar mais um turno de trabalho. Com isso, o quadro de funcionários, que era de 110 trabalhadores em 2016, já ultrapassou os 150. “Nosso sucesso se dá por conta da nossa capacidade de adaptação aos diferentes mercados do exterior. Soubemos entender as demandas de cada país, flexibilizar a linha de produção e criar móveis para atender estes clientes. Para 2019, queremos aumentar nossos números em pelo menos 50%”, explica Sobrinho.

 

 

Potencial da região

 

A parceria entre o Sindicato das Indústrias Moveleiras de Arapongas (Sima) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) foi um dos propulsores do aumento das exportações, de acordo com gerente de Exportações de Indústria e Serviços da Apex, Flávia Egypto.

 

“A parceria funciona por meio das ações de promoção comercial no âmbito do projeto ‘Brazilian Furniture’, com a realização de feiras comerciais no exterior, rodadas de negócios no Brasil, missões comerciais em mercados-alvos, dentre diversas outras iniciativas. Um bom exemplo do apoio que a Apex-Brasil tem dado é a realização de um Projeto Comprador durante o Congresso Moveleiro de 2018, quando trouxemos 45 compradores internacionais que realizaram mais de 1,5 mil reuniões de negócios com as 65 empresas participantes, movimentando US$ 16,4 milhões em vendas”, explica Flávia.

 

Segundo a gerente da Apex, o Paraná ainda pode crescer muito em exportações moveleiras e a Apex-Brasil, através de parcerias com diversos órgãos, tem buscado explorar a capacidade produtiva do Estado. Importante destacar que o Paraná é o segundo estado brasileiro em número de empresas fabricantes de móveis, respondendo por 13,7% do total nacional, atrás apenas de São Paulo, que é responsável por 18,7% de empresas brasileiras.

 

(Com informações do jornal Tribuna do Norte)

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