Polo de Guidoval se recupera dos estragos da chuva

Depois da inundação que arrasou Guidoval no início deste mês, a cidade tenta se reerguer. Integrante do polo moveleiro de Ubá, o município busca ajuda junto aos governos Estadual e Federal para reorganizar a economia. Os empresários se esforçam para recuperar o prejuízo.

Na fábrica especializada em tubulares, cadeiras novas ocupam o lugar que foi invadido pela água. Dos materiais sujos de barro surgem móveis que tiveram de ser novamente embalados. Na unidade a perda chega a R$1 milhão. Parte da matéria prima, como aço, madeira e espuma, está imprópria para uso. Mesmo assim, a produção recomeçou e nenhum funcionário foi demitido.

Em outra fábrica o prejuízo foi ainda maior. Tudo foi perdido: matéria-prima, máquinas arrastadas por dois quilômetros. E pra complicar, o prédio foi condenado e corre o risco de cair. A empresa não tinha seguro, das mil peças mensais que já estavam prontas, só se vê um amontoado de lixo. E o galpão vai ficar vazio por algum tempo: os funcionários perderam o emprego e o dono prevê um período de três meses para voltar a funcionar novamente do zero.

Todas as fábricas de Guidoval sofreram com as chuvas. A gerente do Sindicado das Indústrias do polo, Heliane Hilário, fala que o importante nesse momento é voltar ao trabalho. Para isso medidas emergenciais são tomadas. A Prefeitura aposta no ressurgimento do comércio para movimentar a economia. Uma parceria com os bancos vai oferecer linhas de crédito especiais. Mas por enquanto, nenhuma verba Estadual ou Federal foi destinada para o município.