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INDÚSTRIA FORNECEDOR

Mirassol tem queda em vendas

Por Daniela Maccio - 14 de Abril 2015

A atual instabilidade da economia brasileira e o aumento nos impostos atingem o setor moveleiro do Polo de Mirassol e o resultado é uma queda nas vendas que varia de 10% a 45% somente no primeiro trimestre deste ano, entre as Indústrias da base do Sindicato da Indústria do Mobiliário de Mirassol (SIMM).

 

As dificuldades enfrentadas pelas indústrias estão sendo sentidas desde o último ano, porém se intensificam neste momento devido a estagnação do consumo e o aumento progressivo da energia elétrica, e da carga tributária.

 

O sócio-proprietário da M2V Móveis, Walter Tadini afirma que o que tem mantido a produção da empresa é um bom contrato fechado no ano passado. "Após o encerramento desse contrato, teremos que absorver os riscos e diminuir a nossa margem de lucro para passarmos por este momento de turbulência da economia brasileira", comenta.

 

O proprietário da Cemawe Móveis, Werner Kruger vê com pessimismo a atual situação econômica. “Somente em março registramos uma queda de 30% no faturamento e não sabemos como o mercado vai se comportar daqui para frente. É preciso aguardar para saber como o mercado vai reagir”, analisa o empresário.

 

Soma-se ainda aos problemas relatados pelo empresariado o aumento dos salários dos trabalhadores que já está em discussão entre o SIMM e o sindicato dos trabalhadores do Polo de Mirassol. Os gastos com a elevação da folha de pagamento chegam em um momento totalmente desfavorável para as indústrias que passam por um momento de arrocho na contas.

 

O sócio-proprietário da Germai Móveis, Orlando Ferreira Maia Junior afirma que, além de redução nas vendas, a negociação dos preços dos produtos também agrava a situação atual da indústria. “Se não bastasse a queda de 15% em nossas vendas, não conseguimos vender nossos produtos a preços justos. Os lojistas também passam por dificuldades e brigam para comprar por um preço muito abaixo do habitual e para mantermos a produção somos forçados a aceitar as vendas abaixo da tabela", desabafa Orlando Junior.

 

Por enquanto a maioria dos empresários não fala em demissões, mas essa é uma atitude que não está descartada.

 

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