Preço de móveis no varejo sobe quase 21% em 12 meses, diz IBGE
Se o volume de venda de móveis permaneceu em níveis muito baixos até março, não se pode dizer o mesmo dos preços que também explica a variação positiva na receita nominal de venda de móveis este ano.
Segundo a pesquisa mensal do IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo de móveis alcançou 1,6%, quase 60% maior do que o IPCA geral que ficou em 1,06% no mês. E no Rio de Janeiro superou 4% como pode ser visto no quadro 1.
Nos primeiros quatro meses do ano, o IPCA geral ficou em 4,29% enquanto o de móveis praticamente dobrou o índice, registrando 8,51%. E, em três das 10 capitais pesquisadas, os índices alcançaram dois dígitos, como se vê no quadro 2.
A taxa anualizada mostra o IPCA de móveis em 20,39% ante 12,13% do índice geral de preços. E. novamente em cinco capitais os números registrados são maiores do que a média nacional (quadro 3), com São Paulo – o maior mercado brasileiro – liderando a alta com 24,98% nos últimos 12 meses até abril.
Os números mostram os efeitos da alta dos preços de matérias-primas e insumos para produção de móveis, repassados pelo varejo aos consumidores. É importante destacar que a maior parte da elevação de preços se deve ao aumento repassado pelos fornecedores de produtos importados. E poderia ser pior se neste período não houve uma valorização do Real como a que observamos até o início deste mês de maio.
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