Preço dos colchões nas lojas aumentou quase 18% este ano
O aumento da procura por colchões, a partir de março com a chegada da pandemia por causa do coronavírus, somado com a paralisação das atividades da indústria colchoeira, em média, por mais de 30 dias, reduziu a oferta no mercado e o resultado foi uma elevação nos preços do varejo na ordem de 17,3% entre janeiro e outubro, segundo a pesquisa do IPCA-15, levantada pelo IBGE mensalmente e que serve de prévia para medir a inflação mensal.
A primeira sinalização de alta no varejo ocorreu em maio com 1,20%; no mês seguinte, mais 2,11%; em julho 0,97%; acentuando em agosto com 6,69%; mais 2,94% em setembro e finalmente 9,36% em outubro.
Para efeito de comparação, em outubro o IPCA-15 geral alcançou 0,94% e o de mobiliário subiu 1,75%. No acumulado de janeiro a outubro, a alta do IPCA-15 geral foi de 2,31% e do mobiliário -8,02%.
Porém, é importante observar que vários fatores contribuíram para a alta no preço dos colchões no varejo, além do mencionado acima. A escassez de matérias-primas, a valorização do dólar que encareceu os insumos importados, o preço do ano para molas e até o custo das embalagens.
Outro dado relevante é o fato de que o IPCA de colchão, entre 2015 e 2019 havia aumentado apenas 1,3% ante um IPCA geral de 31,05% no período. Mesmo considerando a elevação dos primeiros 8 meses de 2020, o item colchão acumula alta em todo o período 2015-2020 de 15,7% enquanto o IPCA geral no mesmo período somou 34,1%.
Nota da Redação: Importante observar que a pesquisa do IBGE se refere aos índices de preços ao consumidor.
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