Preço dos móveis cai em outubro e acumula deflação no ano
Se por um lado, o principal trabalho dos agentes econômicos do País é manter os preços sob controle, ou seja, a inflação em patamares mais baixos possíveis, por outro um comportamento “fora da curva” pode prejudicar muito determinado setor da economia. É o que vem acontecendo com o mobiliário. Nos últimos quatro anos (2014-2018) a inflação geral medida pelo IPCA alcançou 25,6% enquanto o preço dos móveis foi reajustado no varejo em apenas 4,8%. Este comportamento de preços leva a redução de margem das indústrias que, de um lado absorvem aumento dos custos com matérias-primas, mão-de-obra, energia elétrica e outros, e na outra ponta não conseguem repassar os custos para o varejo. E o maior problema é o fato de que esse descompasso entre custos e preços vem se arrastando por muito tempo, tornando praticamente inviável produzir e vender móveis no Brasil.
IPCA em outubro
No mês de outubro, para uma variação geral de 0,10%, o IPCA de mobiliário recuou 0,12%, com picos de até -1,01% em Campo Grande. Por segmento, móvel para sala registrou deflação de 0,78% no mês. Por outro lado, móvel para copa e cozinha teve preços reajustados em 0,45%.
No acumulado do ano a queda nos preços de móveis de 0,08% para um IPCA geral de 2,60%. Dos cinco itens pesquisados, três registraram recuo, sendo que colchão foi o que mais caiu (-2,80%). Por região, o Rio de Janeiro registrou a maior queda, com -1,80% nos 10 meses do ano.
A taxa anualizada registra leve alta (1,05%) para um IPCA geral de 2,54%. Colchão registra a maior queda, com -2,78%, que somada a inflação geral apresenta uma defasagem de 5,32% no preço considerando os últimos 12 meses. Em pelo menos duas das 16 regiões pesquisadas, mobiliário registra deflação em 12 meses. No Rio de Janeiro -0,38% e em Rio Branco (AC) -0,58%. A maior alta na taxa anualizada ocorreu em Fortaleza, com 7,39%.
Veja abaixo o quadro completo do IPCA de outubro:
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