Produção de móveis fica estável em agosto
Em agosto de 2016, a produção industrial do País registrou recuo de 3,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, interrompendo cinco meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação, período em que acumulou expansão de 3,7%, ou em seja, em agosto perdeu tudo o que havia ganhado desde março. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês de 2015, o total da indústria em agosto teve queda de 5,2%, trigésima taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, porém, a menos intensa desde junho de 2015 (-2,6%). Assim, o setor industrial acumulou redução de 8,2% nos oito meses de 2016. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, a queda de 9,3% verificada em agosto de 2016 reduziu ligeiramente o ritmo de perda frente ao registrado em junho (-9,8%) e julho (-9,6%).
A pesquisa do IBGE também mostra que a produção de móveis ficou praticamente estável na comparação mensal, com queda de apenas -0,2% em agosto na comparação com o mês anterior. O resultado do acumulado do ano (jan/ago) ficou um pouco melhor do que o anterior, com -13,4% (15,1% de jan/jul). No acumulado dos últimos 12 meses, a produção de móveis caiu 16,6%, pouco menos do que a verificada até julho (-17,9%).
Os números do IBGE não deixam dúvida de que 2016 será mais um ano perdido, mesmo que haja uma significativa aceleração da produção no último quadrimestre do ano. A estimativa do Intelligence Group é de que o ano feche com queda na produção de móveis da ordem de 9,4%, que vai se somar aos 21,09% de recuo registrados nos anos de 2014 e 2015.
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