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Produção de móveis recua 20% no primeiro semestre, afirma IBGE

Por Ari Bruno Lorandi - 03 de Agosto 2022

A indústria brasileira de móveis encolheu a produção em quase 20% nos primeiros seis meses desse ano em relação a igual período do ano passado, e repetiu praticamente o mesmo índice no intervalo de 12 meses encerrados em junho. Nesse caso, o tombo é três vezes maior que no início do ano, quando o nível ficou em -6,1% em relação ao acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores. A trajetória decrescente da atividade dominou todo o primeiro semestre de 2022, a um ritmo médio de -14% ao mês.

 

 

Outra forma de medir o resultado nos primeiros seis meses é verificar a atividade sob a modelagem do ajuste sazonal, que elimina comportamentos de alguns ciclos temporais para aferir melhor a realidade. A Pesquisa Industrial Mensal do IBGE adota 2012 como base 100 para efeitos de cálculo. O ano de 2022 abriu com 61%, subiu um ponto percentual no mês seguinte e, após, diminuição para 59,7% em março, iniciou uma boa recuperação nos dois meses seguintes, registrando 63,2% em maio, mas a rota foi interrompida em junho, com o retorno para o patamar de 62,2%.

 

 

A variação de um mês em relação ao mês imediatamente anterior no primeiro semestre mostra um quadro de sobe e desce. Janeiro começou com queda de 4,8% sobre dezembro, fechou fevereiro no positivo, com elevação de 2,4% e, na sequência, voltou a retroceder, com -4,4% em março. As boas performances de abril e maio recuperaram parte das perdas dos meses anteriores, com altas de 4,1% e 1,7%, respectivamente, mas em junho o comportamento voltou a piorar, com retração de 1,5% sobre maio.

 

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Comparando mês a mês de 2022 com mesmos meses do ano anterior, a produção teve um saldo negativo mensal ao longo do semestre. A sinalização parecia indicar na direção de uma “melhora” a partir da performance de janeiro, que fechou com -33,1% em relação a igual mês de 2021, e recuou significativamente até maio, quando bateu em -8,1%. Mas em junho o desempenho voltou a apresentar piora, para -9,3%.

 

 

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