Produção de móveis sobe pelo segundo mês, mas cai forte no ano
Depois da alta de 4,1% em abril, a produção de móveis no Brasil avançou mais 1,6% em maio na comparação com abril. É o terceiro mês no ano com expansão, considerando os 2,3% verificados em fevereiro. Já na comparação com maio de 2021, foi verificada queda de 8,1% a quinta consecutiva no ano. Porém, é o menor índice, comparando com os anteriores na casa de dois dígitos (veja planilha abaixo).
A produção acumulada entre janeiro e maio é 21,8% menor do que a verificada no mesmo período do ano passado, entretanto, também é o menor índice mensal, considerando que o menor anterior estava na casa de 25,0%. E, finalmente, a variação acumulada nos últimos 12 meses encerrados em maio é negativa em 19,2%, a maior queda considerando os 12 meses vencidos em janeiro, fevereiro, março e abril de 2022.
Desempenho por região
Paraná e Rio Grande do Sul, as duas regiões pesquisadas pelo IBGE apresentam números semelhantes, embora um pouco melhores para o estado gaúcho. Em maio, na comparação com igual mês de 2021, a produção no Rio Grande do Sul declinou 6,5%, enquanto no Paraná a queda foi de 2,8%. Mas, no acumulado deste ano, a produção paranaense despencou 18,6% enquanto a do Rio Grande do Sul caiu 13,5% na comparação com os primeiros cinco meses do ano passado. Também na variação acumulada em 12 meses os gaúchos estão menos piores, com queda de 5,6% ante -19,2% dos paranaenses.
Com estes números é fácil concluir as frequentes reclamações de fornecedores e fabricantes de móveis sobre o desempenho do mercado em 2022. Considerando o índice com ajuste sazonal em 2012, neste mesmo período, estamos hoje com apenas 63,1% do volume verificado naquele ano, segundo a pesquisa mensal da produção de móveis.
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