Projeto de fábrica de colchões em prisão é premiado pelo Innovare
Uma iniciativa realizada na penitenciária da região de Curitibanos (SC) foi reconhecida na categoria Destaque pelo Prêmio Innovare 2019. O projeto “Ressocialização no sistema prisional” foi eleito entre outros 418 projetos inscritos na premiação que elege anualmente as melhores práticas na área dos direitos humanos.
Logo cedo, 300 homens aguardam a porta do pavilhão se abrir, cruzam um corredor e chegam à fábrica onde passam o dia produzindo colchões, estofados e travesseiros. Desde 2009, repete-se a rotina na indústria construída dentro da prisão pelo empresário catarinense Nilson Berlanda.
Em 10 anos de projeto, nunca houve uma rebelião ou tentativa de fuga.
Vantagens
O emprego da mão de obra prisional é amparado pela lei de execuções penais (lei 7.210/84). O empresário não paga encargos trabalhistas. No caso da Berlanda, os presos recebem um salário mínimo por 44 horas semanais trabalhadas – não trabalham domingos, feriados ou em dias de visita.
De um galpão com 800 metros quadrados, a iniciativa hoje abriga um novo espaço com 10 mil metros quadrados. Tudo saiu de uma conversa com o então governador do estado, Luiz Henrique da Silveira, que anotou em um guardanapo uma sugestão para Berlanda, que 10 anos atrás fazia parte de seu secretariado. “Que tal darmos emprego para detentos já que temos grande número de presos que não trabalham?”.
Sobre o Prêmio Innovare
O Prêmio Innovare é uma iniciativa do Instituto Innovare, com a parceria institucional do CNJ, da AMB, Conamp, CNMP, Anadep, Ajufe, Conselho Federal da OAB, ANPR, Anamatra e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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