Com mercado em alta, muita coisa ruim tem performance ótima
Quando o mercado está em alta, muita coisa ruim tem performance ótima. Mas somente quando a maré baixa você descobre quem está nadando pelado, costuma ironizar Warren Buffett, um dos investidores mais importantes do mercado financeiro global, se referindo àqueles que só se dão bem quando não há crise.
Trazendo a situação para o mercado de móveis, com certeza 2022 será mais um ano difícil para as empresas ruins, aquelas que nadam peladas. De outro lado, 2022 será mais um ano positivo para quem se preparou para os novos tempos.
Uma avaliação mais aprofundada das cinco feiras mais importantes que ocorreram este ano comprova o que estamos comentando. Reclamações de alguns expositores que não conseguiram bons resultados e comemorações de outros que – em alguns casos – até superaram as expectativas de negócios.
Aliás, por falar em realização de negócios em feiras, ainda existe a falsa ideia de que “em feira não se vende”. Discordo: quando um lojista ou comprador de loja preparado visita uma feira ele vai em busca de produtos que possam aumentar suas vendas, claro. E não seria tolo deixar de comprar um lançamento que faria muita diferença em seu mix na loja.
É óbvio que tem compradores de loja despreparados, que visitam feiras apenas atrás de preço, que não tem condições de identificar bons produtos para a sua loja, nem quando tropeçam neles. Não conheço um comprador de magazine ou startup que sabe alguma coisa sobre móveis. Andam em bandos nas feiras em busca de galinhas mortas... entende?
Mas, também é verdade que os lojistas que visitaram as cinco feiras que aconteceram este ano – Ubá, São Paulo, Bento Gonçalves, Arapongas e São Bento do Sul – viram muitos lançamentos, porém poucas, poucas novidades. E aqui não estamos avaliando a quantidade de feiras, mesmo porque muitas estão entregando feira vendida antes da pandemia.
Já disse em um comentário anterior: não faltam fábricas nem tecnologia, o que falta é inovação. Estamos perdendo a última janela para entender e atender o consumidor e o seu novo jeito de morar e viver. Ou será que a pandemia não nos ensinou nada a respeito disso?
Cá entre nós: O fato é que não adianta reclamar da crise, seja você fornecedor, fabricante ou lojista. É com ela que você precisa conviver e sobreviver, ou então, encontrar oportunidades para crescer. Se alguns conseguem, por que não você? A maré está baixa; será que você é um dos que estão nadando pelado?
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