Queda na venda de móveis no comércio se agrava em fevereiro

Segundo a pesquisa mensal do IBGE, o volume de venda de móveis no varejo em fevereiro recuou 14,6% na comparação com igual mês do ano anterior. O número é bem mais representativo do que havia sido anunciado em janeiro. 

 

Na mesma base de comparação, a queda no primeiro mês do ano era de 6,8%. E a receita nominal de vendas, que se apresentava positiva (4,3%) em janeiro, agora registra queda de 5,5%. 

 

Isso mostra o grau de dificuldades do varejo em recompor os preços defasados pela inflação no período. Em outras palavras, vende-se menos e por menor valor.

 

A situação é mais grave no Nordeste, principalmente por conta do desempenho do comércio na Bahia, que representa 28% do mercado nordestino. 

 

Em janeiro a queda do volume de vendas chegava a 47,6% e agora ultrapassa os 50% o que significa que as vendas caíram pela metade na comparação com fevereiro de 2022.

 

No Sudeste a situação também é preocupante no Rio de Janeiro, estado responsável por 10% do consumo nacional de móveis. Em fevereiro o volume reduziu em 33,3% na comparação com igual mês do ano passado, o que representa exatamente um terço a menos de vendas.

 

São Paulo, que responde por um terço do potencial de venda de móveis no País, havia registrado queda de 6,3% em janeiro e no mês seguinte o recuo alcançou 16,5%, sempre considerando a base de igual mês de 2022.

 

Queda menor em receita de vendas

 

Quando o IBGE pesquisa a Receita Nominal de Venda de móveis, os resultados diferem bastante na comparação com volume de vendas. Nesta variável encontramos cinco estados dos 12 pesquisados com números positivos: Goiás, com 30,3%; Distrito Federal, com 9,0%; Rio Grande do Sul, com 7,9%; Ceará com 7,3% e Espírito Santo, com 6,9%.

 

Números ruins no acumulado

 

Nos 12 meses encerrados em fevereiro a queda no volume de venda de móveis chega a 11,7%, pouco mais do que os 11,0% verificados até janeiro. 

 

Em receita Nominal de Vendas os números do acumulado de 12 meses são positivos, mas com viés de baixa: em janeiro a alta era de 2,4% e em fevereiro recuou para 1,5%.

 

Veja abaixo o quadro com as vendas de janeiro e fevereiro, segundo o IBGE: