Receita de vendas de móveis sobe em março
Em março de 2017, o comércio varejista nacional apresentou recuou pelo segundo mês consecutivo, registrando taxa de -1,9% tanto no volume de vendas como na receita nominal, frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Em relação a março de 2016, o varejo nacional apresentou taxa de -4,0%, em termos de volume de vendas, 24ª taxa negativa consecutiva nessa comparação. Assim, o comércio varejista acumulou redução de 3,0% nos três primeiros meses de 2017 e taxa acumulada nos últimos 12 meses de -5,3%. Já a receita nominal de vendas apresentou, em março de 2017, taxas de variação de -2,0% em comparação ao mesmo período de 2016, de 0,5% no acumulado no ano e de 3,5% nos últimos 12 meses.
Mas, analisando apenas o segmento Móveis, os resultados são bem diferentes, permanecendo em terreno negativo, porém menos ruins, saindo de -17,0% em março de 2016 para -13,7% em março deste ano em volume de vendas. Estes dados levam o acumulado do ano para -23,5%, quase o dobro da queda verificada no mesmo mês de 2016, que chegou a -12,2%. No acumulado de 12 meses a queda alcança 14,8%, 2,8 pontos percentuais menor do que a queda registrada no mesmo período do ano passado.
Mas, se o brasileiro não está comprando mais móveis, está gastando mais nas compras. A receita de vendas saiu de -13,4% em março de 2016 para uma alta de 3,2% em março deste ano. Mas o indicador positivo de março não anula a queda no acumulado deste ano, que chega a 8,9%, 2,2 pontos percentuais menor do que a verificada no mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, o período de 12 meses registra queda de 10,2% este ano ante 14,5% no ano passado.
Análise por região
Embora as quatro regiões do País pesquisadas pelo IBGE (exceto Norte) estejam em terreno negativo no mês de março, no acumulado do trimestre e dos 12 meses na comparação com igual período de 2016, é importante considerar que o Sudeste, responsável por 50% do consumo de móveis no País, apresenta em março a menor taxa de queda, com 3,9% em volume de vendas. Isso se deve a alta de 21% no Espírito Santo e de 6,2% em São Paulo. O pior resultado vem do Nordeste com -28,6%, puxado pelos péssimos resultados do Ceará (-40,0%) e Pernambuco (-30,9%). O Sudeste também tem o melhor desempenho no acumulado do trimestre com -18,5%. No acumulado de 12 meses o melhor resultado é o do Sul com -4,2%.
No que se refere a variação da receita nominal de vendas, merece destaque a alta registrada em março no Espírito Santo, com 51,9%, Distrito Federal, 45,8% e de São Paulo com 25,6% na comparação com março do ano passado.
Veja abaixo a análise por região pesquisada:
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