Receita de vendas de móveis sobe, mas volume cai em 2022
As dificuldades da população com inflação elevada, juros altos e incerteza política compõem um quadro perfeito para explicar a queda no volume de móveis comercializados pelo varejo ao longo dos primeiros quatro meses deste ano.
Pesquisa mensal do IBGE mostra que o volume de vendas ficou positivo apenas em março, mas voltou a cair em abril na comparação com os mesmos meses do ano passado.
Quando se analisa o acumulado do quadrimestre todos os meses registram recuo em volume. E a mesma coisa acontece com o índice anual.
Por seu lado, a inflação naturalmente elevou os preços de móveis no varejo o que permitiu receitas nominais positivas na comparação com os meses de 2021, com o acumulado do quadrimestre na comparação com igual período do ano anterior e com o índice anual, como se vê nos quadros abaixo.
Comportamento regional
O melhor resultado positivo em receita nominal e volume de vendas em abril aconteceu no Ceará, com 23,5% e 10,6%, respectivamente. No acumulado do primeiro quadrimestre, apenas quatro estados dos 12 pesquisados, estão com volume de vendas em alta. Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. O maior percentual é do Espírito Santo com alta de 20,3% em receita e 5,8% em volume.
Por fim, o índice anual mostra apenas um estado com volume de vendas positivo, o Espírito Santo com 9,3% e 24,9% em receita nominal de vendas de móveis.
Quadros das vendas de móveis no varejo (volume e receita nominal) dos quatro primeiros meses de 2022:
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