IMG-LOGO

Recuperação deve ser lenta

Por Daniela Maccio - 16 de Janeiro 2017

O faturamento nominal da indústria de móveis de Bento Gonçalves caiu 17,4% de janeiro a novembro do ano passado em comparação com 2015, enquanto a queda no Rio Grande do Sul foi de 11,2%, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário (Sindmóveis). Apesar dos números negativos, o presidente da entidade, Henrique Tecchio, está esperançoso com a recuperação do setor e projeta uma reação “lenta”, possivelmente, a partir do terceiro trimestre do ano.

 

Tecchio condiciona a melhora na produção e a redução das demissões do setor, as reformas trabalhistas e da previdência propostas pelo governo federal. Segundo ele, a redução da taxa Selic e de juros ajuda na confiança do empresário e do consumidor. “A previsão é bem atrelada à questão econômica. Se essas medidas passarem pelo Congresso a gente entende que poderá melhorar. Aumentando a demanda, o emprego vem na mesma proporção. Sem as reformas a situação, a retomada será mais lenta”, afirma.

 

De janeiro a novembro, o setor fechou 1.817 vagas de emprego em relação ao mesmo período de 2015, no Rio Grande do Sul. O polo de Bento Gonçalves também apresentou uma retração de 621 postos de trabalho de janeiro a novembro. Em 2015, foram fechadas em torno de 1,1 mil vagas. “A gente espera que no mínimo estanque a queda nesse ano. Agora tudo vai depender das questões das medidas econômicas”. Tecchio afirma que as empresas de Bento Gonçalves estão com muitas dificuldades para honrar os compromissos com os funcionários. “Algumas indústrias estão pagando salários e outras obrigações como o 13º (salário) e férias atrasadas. Se não melhorar a única alternativa é demitir”, finaliza.

 

Com informações do Pioneiro

Comentários