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Crise estimula pedidos de RJ

Por Daniela Maccio - 10 de Maio 2017

O aprofundamento da crise que assola a economia brasileira levou a uma explosão dos pedidos de Recuperação Judicial nos últimos dois anos, estimulando um movimento iniciado em 2014. No ano passado, o número de pedidos foi recorde. Segundo a Serasa Experian, foram 1863 solicitações, uma alta de mais de 60% em comparação com o mesmo período de 2015. Vale lembrar que no referido ano foram encaminhados nada menos de 1.287 requerimentos, somando mais de três mil em apenas dois anos.

 

Além do aumento contínuo nos pedidos de RJ, observou-se o crescimento da participação de grandes empresas (com faturamento anual superior a R$ 50 milhões) nestes processos. Até há pouco tempo, a esmagadora maioria dos pedidos era representada por pequenas e médias empresas. No caso do varejo, um dos subsetores mais afetados foi o de móveis e eletrodomésticos.

 

Para Frederico Straube, sócio fundador do Escritório Straube Advogados e especialista em direito tributário e financeiro, nessas ocasiões, em que as pessoas têm que fazer restrições nos seus hábitos e onde a ameaça de desemprego se torna cada vez mais presente, um dos segmentos que sofre bastante é o de bens duráveis.

 

Neste grupo, figuraram cinco varejistas regionais de grande porte, que pediram Recuperação Judicial em 2015. Foi o caso das paranaenses Darom Móveis (pertencente ao Grupo Simbal) e Liberatti, da mineira Eletrosom, da catarinense Schumann, e da capixaba Dadalto. Em 2016, também apelou à RJ a gaúcha Volpato.

 

Já entre as fabricantes de móveis que recorreram ao pedido de RJ nos últimos anos, estão as indústrias de colchões catarinenses Cristalflex, de Chapecó - no fim de 2012 -  e a Mannes, de Guaramirim - deferido em outubro de 2014. No mesmo ano, a Tcil Móveis iniciou um processo de reestruturação e entrou com o pedido, por conta de um grande investimento em expansão feito em 2010, com a instalação de uma nova unidade.

 

Em maio de 2015, o mercado foi surpreendido com o pedido de Recuperação Judicial da D’Itália Móveis Industrial Ltda, de Bento Gonçalves (RS). E em abril do ano passado foi a vez da Móveis Belo, tradicional fabricante de móveis corporativos de Arapongas (PR).

 

Já o caso mais recente deste tipo de medida é o da Móveis Bechara, de Tanabi (SP), que deu início ao processo de Recuperação Judicial no dia 29 de março. Confira esta reportagem na íntegra na edição de maio da revista Móveis de Valor, que começa a circular na próxima segunda-feira (10).

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