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Rede de móveis prevê integrar empresas até 2015

Por Edson Rodrigues - 17 de Junho 2014
A Máquina de Vendas precisa lidar, ao mesmo tempo, com diferentes "demandas" na mesa. No momento, o terceiro maior grupo de varejo de eletroeletrônicos e móveis tenta avançar na busca de um novo sócio - algo que já dura um ano - e precisa também levar adiante o plano de integração de empresas adquiridas pelo grupo, projeto iniciado há cerca de dois anos.
De acordo com o presidente da empresa, Pedro Magalhães, a previsão é de término das principais etapas da integração no fim de 2015.

A fase atual envolve a criação de um único sistema de comunicação das lojas (são pouco mais de mil pontos no país), após ter concluído outras etapas, como a criação de um centro de serviços compartilhados, que une as áreas administrativa e operacional. "Nós nos vemos como uma empresa nacional hoje, temos operação em todos os Estados. O plano é finalizar o grosso [dessa união das operações] no fim de 2015. A última compra fizemos em 2012, então ainda temos negócios adquiridos poucos anos atrás", afirmou Magalhães ao jornal Valor.

Existiam informações no mercado sobre uma integração lenta na companhia, sem a criação de uma empresa sob mesmo cadastro de CNPJ, por exemplo. "As pessoas confundem CNPJ com capacidade de integrar. Há grupos hoje com CNPJs diferentes e que operam com ganhos", disse. "Por exemplo, a depender da rede varejista [a empresa controla redes como Salfer, City Lar], entre 55% e 63% das compras acontecem de forma centralizada, em um contrato único com fornecedores globais. Pode avançar mais, mas não é uma taxa baixa".

"Hoje somos uma rede com uma receita única e publicamos balanço com resultados consolidados na holding."
A Máquina de Vendas registrou aumento de cerca de 14% na receita líquida de 2013, para R$ 7,5 bilhões - o Magazine Luiza cresceu 14,5%, para R$ 8 bilhões - e a margem líquida pulou de 0,1% para 1,4% (mesmo nível de rentabilidade do Magazine Luiza em 2013). Em 2010, quando a companhia foi criada, a receita líquida atingia R$ 4,3 bilhões.
A margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, da sigla em inglês) ficou em 6% em 2013, versus 3,5% em 2102.

A Máquina de Vendas foi criada há quatro anos da união das redes Insinuante e Ricardo Eletro, e negócios regionais foram sendo comprados até 2012 - o grupo fica com mais de 51% da operação e o antigo dono vira minoritário. Fazem parte do grupo as redes Ricardo Eletro, Insinuante, Salfer, City Lar e Eletro Shopping.

A respeito da busca de um fundo de investimento para capitalizar o negócio, dando outro fôlego à operação, a empresa preferiu não comentar. Segundo fontes do mercado, apenas dois fundos ainda estariam negociando a sociedade.

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