IMG-LOGO

Eleja as 20 melhores marcas de fornecedores e indústrias de móveis e colchões

INDÚSTRIA FORNECEDOR

Relatório amplia risco de alta da Selic em 2013

Por Edson Rodrigues - 29 de Março 2012
O Relatório de Inflação do Banco Central ampliou o risco de haver um aperto monetário em 2013 e, dessa forma, gerou leve alta nos contratos de juros futuros de médio prazo, especialmente com vencimento entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015, na sessão desta quinta-feira, 29.

Segundo o estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Nepomuceno, o cenário do BC ficou mais alinhado com o de mercado, onde já existia um prêmio de risco em função de uma preocupação maior com a inflação em 2013. “O mercado já tinha esse prêmio e não quer colocar mais prêmio ainda”, diz, lembrando que a maior parte do mercado já trabalhava e colocava nos preços tal hipótese.

Antes do ajuste final de posições na BM&F, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2012 registrava baixa de 0,02 ponto percentual, a 9,48%. Maio de 2012 mostrava estabilidade a 9,30%. E julho 2012 marcava 9,0%, também sem variação.

Entre os vencimentos de médio e longo prazos, janeiro de 2013 subia 0,01 ponto, a 8,91%. Janeiro 2014 ganhava 0,04 ponto, a 9,53%. Janeiro 2015 avançava 0,04 ponto, a 10,13%. Janeiro 2016 tinha alta de 0,03 ponto, a 10,48%. Janeiro 2017 se valorizava 0,04 ponto, a 10,64%. E janeiro de 2021 projetava 11,05%, baixa de 0,01 ponto.


Projeção para inflação piora

O Relatório de Inflação mostrou que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 recuou de 4,7% para 4,4%. Mas, para 2013, subiu de 4,7% para 5,2%. A percepção é de que, caso haja algum erro na previsão deste ano e a inflação vá além dos 4,4%, então o IPCA também avançará em 2013, impondo um aperto monetário mais intenso do que se esperava.

No texto do relatório de hoje, o BC também demonstra cautela com as condições da crise internacional. Mas indica que a economia doméstica dá sinais de vigor, destacando o desempenho forte do mercado de trabalho e os estímulos do crédito.


(Fonte: Valor Econômico)

Comentários