Revolução do varejo exige mudança dos profissionais
O setor de varejo passa por uma revolução com a chegada da tecnologia e a expansão do e-commerce. Sobreviver às mudanças de hábitos de consumo requer reformular negócios. Para viabilizar essa revolução, os profissionais buscados pelos recrutadores do setor já não são os mesmos da década passada.
De acordo com um estudo feito pela consultoria especializada no recrutamento de alta e média gerência Michael Page, profissionais que dominem novas tecnologias, tenham habilidades interpessoais, criatividade e empatia terão nos próximos anos mais espaço no mercado de trabalho, especificamente no setor de varejo.
Habilidades avançadas em TI, programação e processamento de informações também estão sendo bastante procuradas pelos empregadores do setor. Por outro lado, a demanda por habilidades físicas e manuais e pela entrada e processamento de dados básicos diminuirá.
“Essa análise destaca muitas semelhanças nos padrões das competências mais requisitadas. Embora as habilidades sociais e emocionais estejam em demanda crescente em todos os setores, a necessidade de competências cognitivas básicas diminui ligeiramente no varejo”, explica Ricardo Basaglia, diretor geral da Michael Page e Page Personnel.
Segundo o estudo, a automação inteligente e a inteligência artificial continuarão a remodelar a receita e as margens dos varejistas, pois as máquinas de auto verificação substituem os caixas, os robôs reabastecem as prateleiras, o aprendizado de máquinas (algoritmos) melhora a previsão da demanda do cliente e os sensores ajudam no gerenciamento do estoque. É um caminho sem volta e a largada já foi dada.
“A participação de trabalhos manuais como dirigir, empacotar e armazenar em estoque, diminuirá substancialmente. Os trabalhos remanescentes vão, provavelmente, concentrar-se no serviço ao cliente, gerenciamento e implantação e manutenção de tecnologia”, diz o estudo.
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