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'Rua dos Colchões' tem 28 anos de tradição e história em Campinas

Revisado Natalia Concentino - 09 de Janeiro 2024
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'Rua dos Colchões' soma 28 anos de história a 2 km do Centro de Campinas — Foto: Marcelo Gaudio/g1

Localizada a dois quilômetros do Centro de Campinas (SP), a Avenida Nossa Senhora de Fátima dependeu do pioneirismo de um comerciante para abandonar o caráter residencial e passar a ser conhecida como "Rua dos Colchões". De clientes que dormiram por horas enquanto experimentavam os produtos até vendas curiosas, a via é repleta de histórias. 

 

Pioneiro na avenida

 

No mercado desde 1995, a loja do seu Jorge foi a primeira a chegar na avenida que, até então, era apenas residencial. No decorrer dos anos, outras lojas começaram a atender com o mesmo segmento e a via passou a ser conhecida pelo produto.

 

Atualmente, seu Jorge já está aposentado, mas várias pessoas que trabalharam nos estabelecimentos que foram abrindo ao longo dos anos na avenida ainda estão atuando no mesmo ramo e via.

 

“Ele vendia na Senador Saraiva e achou essa rua interessante. Era tudo casa aqui, ele colocou colchões e começou a vender, e assim foi parecendo mais lojas e ficou conhecida por Rua dos Colchões”, lembra a gerente de loja Maria Aparecida, que trabalha no local há 25 anos.

 

Outra pessoa que vivenciou o início foi Emília Izabel, que trabalha desde 1995 no local e recentemente se tornou proprietária de uma loja. Ela conta que sua história com o produto é mais longa, pois vende colchões desde 1988, quando ainda morava em Rondônia.

 

“Eu vi o crescimento deste comércio na rua e foi bacana, porque hoje em dia, quem quer colchão vem para cá”, conta.

 

Segundo os comerciantes, a avenida foi ficando cada vez mais conhecida com o tempo e a partir da abertura de outras lojas.

 

Foi o que aconteceu com Aparecida Barani, que começou a trabalhar com colchões há pouco tempo e conheceu a via por recomendação de um cliente que ela sempre visitava como representante de vendas.

 

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Histórias curiosas

 

Ao longo dos anos, os vendedores foram reunindo histórias curiosas que iam desde encomendas de camas em tamanhos incomuns até clientes que fazem o “test drive” do produto antes da compra.

 

Aparecida relembrou uma venda que fez para um idoso que pediu para testar os colchões, pois sempre que comprava acabava não gostando depois de começar a usar em casa.

 

“Eu faço uma proposta pro senhor, enquanto eu trabalho, o senhor se deita e pode tirar um cochilinho. Foi ótimo. Ele falou que aquele era o colchão dos seus sonhos e passou umas quatro horas aqui”, lembra Aparecida.

 

Para a vendedora Emília, o que mais a marcou foram as encomendas de colchões específicos, como redondos ou até mesmo maiores que o comum.

 

"Teve uma cliente de Americana que encomendou uma [cama box] com 2,80 m de largura por dois de comprimento, era uma medida bem especial. Daí a gente encomendou duas camas de 1,40 por dois e juntou, nunca tinha acontecido”, conta Emília.

 

Mais que vendedores, consultores

 

Durante o período da pandemia do coronavírus, as vendas mais que triplicaram. Consultora de vendas, Janaína Chinaglia avalia que a preocupação com a saúde contribuiu para a valorização dos consultores especializados em colchões.

 

"Não é apenas um colchão para dormir, é um colchão para cuidar da parte respiratória, para cuidar da coluna vertebral, é da saúde sono", conta.

 

Fonte: g1 Campinas e Região

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