IMG-LOGO

Sala de estar: conheça o processo de criação das moveleiras

Por Natalia Concentino - 03 de Setembro 2019

Ao longo dos anos muita coisa mudou em relação aos móveis e tendências que dão certo nas casas brasileiras, porém a sala de estar sempre se distinguiu por ser um ambiente confortável e bonito, tanto para relaxar como para se reunir com a família e os amigos. Além de considerar diversos fatores para atender aos anseios das pessoas, as indústrias moveleiras precisam ainda levar em conta o fato de os ambientes estarem cada vez menores. A tecnologia tem um histórico de influência nos móveis, já que aparelhos de som e televisores mudaram muito nos últimos anos, provocando mudanças no design dos móveis para que ficassem mais atraentes ou proporcionassem mais praticidade para quem está usando os novos eletrônicos. É preciso sincronizar as tendências de design com o que é possível aplicar nos móveis destinados às famílias brasileiras.

Todo ano se fala sobre as tendências do design mundial, mas a cultura de cada nação deve ser compreendida para que depois sejam implementados conceitos que realmente façam sentido para aquela população e às condições em que vive. Na fabricação de mobiliário para sala de estar não é diferente. “A observação de tendências internacionais não tem o sentido de uma ‘cega transferência de informações’, pois requer análise fundamentada em diversos estudos, entre os quais se destacam aqueles relacionados aos costumes e comportamentos brasileiros”, explica Caio Arruda, designer da Colibri Móveis. Ele ilustra sua posição sobre tendências mundiais com um exemplo. “Em 2018 a cor do ano da Pantone foi a ultra violet (18-3838) e, embora possa remeter à espiritualidade e à tranquilidade, no Brasil os diversos tons de roxo estão, historicamente, associados ao luto, comprometendo o sucesso de um produto desenvolvido para casa ou vestuário, com esta tonalidade”, cita Arruda.

Danilo Durante, designer da Möbler, também considera importante entender como surgem essas tendências e como aplicá-las no desenvolvimento de um móvel. “Gosto do seguinte conceito: primeiro, a chamada tendência é quando alguém descobre um produto ou serviço; segundo, deve haver uma busca natural e constante dos consumidores por esses produtos e serviços. Cito isso para dizer com propriedade que o nível de informação é o mais alto de todos os tempos, e que todos estão ‘por dentro’ das cores que estão em alta, assim como dos desenhos e madeiras, por exemplo. O brasileiro está assimilando muito rápido as tendências externas e cabe o desafio de todas as empresas trazer para as realidades regionais do País”, reflete.

Questionada sobre a influência das tendências na hora da criação, a Patrimar, ícone na criação de peças para salas de estar, garante que busca sempre fugir do comum e de tudo que está sendo muito usado por todos. Segundo Caio Vitor Freitas Duarte, gerente comercial da empresa, “a Patrimar busca inovação, pois existem muitas coisas parecidas no mercado. Entendemos que as pessoas querem conceitos atuais, mas com estéticas diferentes”, comenta.

Quando o móvel em questão é o estofado, a diretora da Gralha-Azul, Marcela Carandina, considera diversos aspectos que devem ser levados em consideração na hora de lançar uma nova linha de sofás. “Quando vamos fazer um lançamento, nossa equipe reúne todas as demandas, como as tendências e novidades, que são verificadas por meio de muita pesquisa de campo. Isso se resume a novos tecidos e cores, costuras, tecnologias, designs, entre outros. Mas o que nós não deixamos de lado é o perfil dos nossos consumidores, e buscamos ver o que de fato agregaria valor na hora em que ele vai comprar o produto na loja”, avalia.

A diretora da Gralha-Azul acrescenta que feiras, como o Salão de Milão, servem sim como referência. “O Isaloni é, de fato, uma grande inspiração aos nossos modelos, projetos e lançamentos. Todo ano nossa equipe busca tendências nas mais diversas feiras internacionais, consideramos muito importante estarmos atentos ao mercado e às novidades”, aponta.

Confira a reportagem completa acessando a versão digital da nossa revista clicando aqui.

Comentários