Senai (PR) e Simov juntos pelo setor
Por Edson Rodrigues
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22 de Março 2012
Como parte do programa, a ser desenvolvido ao longo de dois anos, será usado o software Everdee (uma ferramenta que mede o ciclo de vida de um produto). O software vai ser instalado no Cietep, em Curitiba, e passará por um período de adaptação aos padrões de fabricação dos produtos brasileiros.
Para o gerente de novas tecnologias do Senai (PR), Reinaldo Tockus, o programa é mais um aliado para a aceitação dos produtos brasileiros no exterior. “O mercado externo impõe regras de qualidade e durabilidade para a entrada destes produtos. Com essa iniciativa, a indústria paranaense de móveis poderá dar um salto no comércio lá fora”.
Serão instalados, também, dois laboratórios: um no Paraná (na unidade do Senai da Cidade Industrial, em Curitiba) e outro no Espirito Santo, para ensaios da qualidade e determinação de emissão de formaldeídos - gases derivados de colas e outros componentes - em móveis. Com isso será possível que os produtos se adequem às normas internacionais e poderá ampliar as exportações de móveis.
A expectativa do responsável por desenvolvimento industrial do Senai Nacional, Júlio Augusto dos Santos, é de que, em um ano, Paraná e Espírito Santo poderão atender às primeiras empresas em fase de teste.
Na avaliação do presidente do Simov, Luiz Fernando Tedeschi, o modelo do programa é bom para as empresas paranaenses e deve ter sua gestão compartilhada com elas. “O programa só tem sentido com a participação das empresas. As indústrias vão precisar passar por esse processo para garantir a sobrevivência e aumentar a competitividade. Por isso a importância da participação efetiva do Sindicato já na implantação”.
A aproximação com o Cosmob começou há dois anos, com a visita dos representantes do Simov ao Cosmob, em Pesaro, na Itália. Para o diretor geral do Cosmob, Alessio Gnaccarini, “a indústria moveleira precisa investir pesado em design industrial para poder fazer frente a forte concorrência asiática”.
Segundo Gnaccarini, países como Itália e Brasil devem trabalhar juntos. “O Brasil é um polo moveleiro com grande potencial e sofre com problemas similares à Itália. A única forma de aumentar a competitividade é investindo conjuntamente em inovação e tecnologia para melhorar o desempenho dos produtos”.
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