Setor de colchões enfrenta desafios com custos em alta
O mercado de colchões brasileiro enfrenta um cenário desafiador em 2024, marcado pela pressão de custos crescentes e a redução dos preços ao consumidor. Dados do IPCA (IBGE) divulgados ontem, 10, revelam uma deflação de -2,22% em novembro e uma variação de 0,05% nos últimos 12 meses.
Entretanto, os custos operacionais continuam em alta, especialmente em insumos e logística. Essa conjuntura tem levado os fabricantes a reavaliar suas estratégias de precificação de maneira individual. Caso essas condições persistam, o IPCA do setor poderá apresentar mudanças nos próximos meses.
O aumento do número de fábricas também chama atenção. De 2022 para 2024, o Brasil passou de 297 para 339 fábricas. Embora o crescimento do setor seja um sinal de vitalidade, ele também pode aumentar a competição e pressionar os preços, principalmente em cenários de demanda mais fraca.
Para a diretora executiva da Abicol, Adriana Pierini, “nesse contexto, a vigilância de mercado assume um papel estratégico, garantindo que os produtos atendam aos padrões obrigatórios de qualidade e conformidade. Essa supervisão se torna ainda mais relevante diante da combinação de custos crescentes e preços decrescentes, o que pode gerar preocupações em relação à prática de condutas que possam prejudicar os consumidores e criar um ambiente de concorrência desigual para as fábricas que atuam em conformidade com as normas regulatórias”.
Adriana acrescenta que “embora o Observatório do Colchão continue monitorando a conformidade dos produtos, é fundamental que os consumidores estejam atentos à procedência do colchão e à presença do Selo de Identificação de Conformidade do Inmetro. Além disso, é indispensável exigir a nota fiscal em todas as compras, pois, além de ser um direito do consumidor e uma obrigação legal, ela serve como comprovante e garante a segurança e a credibilidade da transação”.
Para enfrentar este contexto desafiador, a Abicol também conclama os fabricantes sobre a importância da eficiência produtiva, redução de desperdícios e inovação. “Manter a competitividade em um mercado de custos altos e preços baixos exige agilidade nas decisões e uma gestão eficaz dos recursos”, conclui a diretora executiva da Abicol.
Comentários