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Setor de madeira maciça enfrenta desafios

Por Daniela Maccio - 10 de Outubro 2016

Apesar de ter sofrido menos do que outros segmentos com a crise, o mercado de móveis de madeira maciça tem enfrentado outros desafios, em decorrência da queda nas vendas. Comercialização com prazos de pagamento muito longos, preços muito abaixo do mercado, falta de segmentação e cópia de produtos, são alguns dos principais problemas.

 

Flávio Knorst, diretor da Finestra Móveis, de Saudades (SC), conta que em momentos como este, de vendas reduzidas, muitos empresários desesperados buscam maneiras rápidas para garantir caixa. “Infelizmente, nos últimos tempos temos observado atitudes vergonhosas de alguns industriais de nosso segmento, copiando produtos sem mudar nem sequer o modelo de puxador”, lamenta Knorst, que sofre com a cópia de seus produtos. Ele esclarece ainda que a Finestra possui diversos produtos patenteados, e “está tomando as medidas legais nestes casos, buscando fazer valer seus direitos”. Outro problema destacado por ele é a venda de produtos sem nota fiscal. “Isto representa uma concorrência desleal com empresas como a nossa, que trabalham de forma séria e dentro da legalidade”, reclama. E o diretor da Finestra não está sozinho nas reclamações sobre concorrência desleal.

 

Angelo Duvoisin, superintendente comercial da Artefama, de São Bento do Sul (SC), afirma que, em momentos de queda nas vendas como o que vivenciamos agora, a pior prática é a de preços muito abaixo do valor de mercado. “Com certeza, em muitos casos, estes fabricantes vão ficar no prejuízo. E isto é ruim não só para ele, como também atrapalha o mercado no geral”. Entretanto, ele afirma que cada empresário é responsável por seus atos. “Nós não podemos nos espelhar e nem achar desculpas nas ações dos outros. Temos que olhar para dentro da nossa empresa e fazer o melhor que podemos para alcançar o faturamento planejado e obter lucro”, reforça. Duvoisin observa que o segmento mais popular sofreu ainda mais que o da média e alta decoração com o cenário econômico. “Nós trabalhamos atendendo um público A/B. E não quero dizer que não sentimos, mas o sofrimento foi menor”, acredita. O fato é que o consumo diminuiu, independentemente de área ou tipo de móvel. Porém, o segmento de madeira maciça atravessa fase de crescimento quando comparado com móveis de MDF/MDP, inclusive por isso não se justifica comportamento desesperado de alguns.

 

Veja esta reportagem completa na edição de outubro da revista Móveis de Valor.

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