Setor de móveis e decoração cresce 20% em PE
Por Edson Rodrigues
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31 de Janeiro 2012
O ramo de móveis e decorações teve seu faturamento aumentado em quase 20%, o melhor de todos os resultados do ano. "Esse resultado foi influenciado pelo incremento no mercado imobiliário na região. Quem compra uma nova casa, vai querer móveis novos também", explicou o consultor da Fecomércio-PE, José Fernandes de Menezes.
Proprietário de uma loja de móveis planejados e de pronta-entrega, Hélder Queiroz sentiu as vendas crescerem no ano passado. "Tive até que contratar uma equipe de montagem por causa da demanda, e este ano devo contratar mais duas. As procura de móveis planejados foi maior, quase 70% a mais. É que os apartamentos agora estão com cômodos mais compactos e as pessoas procuram algo mais personalizado", disse.
Essa expansão de novas moradias, juntamente com a redução do IPI da linha branca, influenciou positivamente as lojas de utilidades domésticas, cujo acréscimo foi de mais de 11%, o segundo melhor resultado. As vendas de materiais de construção também tiveram um desempenho positivo. A taxa foi de 5,2%, dando continuidade ao sólido ciclo de crescimento, que acumulou uma alta de 104,4% em oito anos.
Outros dados
Dos 13 ramos acompanhados pela Fecomércio-PE, somente o setor de livrarias/papelarias não aumentou seu faturamento real, apresentando uma queda de 2,33%. No entanto, esse resultado, segundo o estudo, reflete mais o fato de que as vendas em dezembro de 2011 diminuíram, na comparação com 2010, do que a um mau desempenho em todo o ano.
Ainda segundo a pesquisa, o reflexo positivo do varejo puxou o aumento real da massa salarial que cresceu cerca de 8,5% em 2011. O total dos salários pagos pelo comércio cresceu 61,4% entre 2004 e 2011. Este resultado é explicado, em boa parte, pelo crescimento do número de empregos que aumentou mais de 5% entre 2010 e 2011. Quando se considera todo o ciclo de crescimento, o total do emprego aumentou quase 20% entre 2004 e 2011.
Desempenho
Este ano, o comércio varejista no Grande Recife apresentou um aumento menor que em 2010 - a diferença foi cerca de 9%. O consultor José Fernandes elenca alguns motivos. "Entre os fatores, podemos citar a crise europeia, empresas com baixo estoque, política fiscal mais comedida, juros elevados quase o ano todo e restrição monetária do governo federal. Especialistas acreditam que a economia brasileira deve fechar 2011 com um crescimento de 3%, menor do que os 7,5% de 2010, e Pernambuco seguiu isso também", falou.
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