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Setores de celulose e papel em ascensão

Por Edson Rodrigues - 31 de Maio 2011
Até 2020, deverão ser investidos USS 20 bilhões, com o objetivo de ampliar a base florestal do setor de celulose e papel. As perspectivas são promissoras para os dois produtos, na avaliação de Silva Júnior, da CNA. No caso do papel, o dirigente lembra que o Brasil exporta 10% de sua produção e responde por apenas 2% da produção mundial. No Brasil, segundo o diretor florestal da Masisa, Germano Vieira, a atividade florestal é favorecida pelas condições ambientais que fazem do país uma potência mundial na produção de florestas. Isso acontece principalmente com o plantio de eucalipto e pinus, que, em média, segundo dados da Abraf, crescem em média 40,5m³ e 36,7m³ por hectare ao ano, respectivamente. "A área de florestas plantadas, principalmente de eucalipto está em franca expansão na maioria dos estados, mas para grandes empreendimentos interessados em extensas áreas de florestas, há uma atenção especial voltada para alguns estados das regiões Norte e Nordeste (especialmente Tocantins, Maranhão e Piauí)", informa. Isso se deve ao custo e à disponibilidade de terra, atratividade do investimento e crescente demanda de madeira no mercado nacional e internacional. Nos EUA e na Europa, a situação é diferente. A madeira é oriunda de florestas nativas que, em sua grande maioria, são florestas de coníferas. Nesse clima temperado, as florestas crescem lentamente. Vieira estima que suas florestas plantadas levem de 30 a 80 anos para estarem prontas para a colheita. "Nesse cenário, existe uma dificuldade muito grande para manter um ritmo de manejo que seja sustentável e que acompanhe a demanda de madeira existente nesses países. E, em um contexto histórico no qual ainda não havíamos compreendido plenamente a importância da sustentabilidade, ocorreu a quase exaustão dos recursos florestais dessas regiões", explica. (Fonte: Revista A Granja)

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