Sócio da Via Varejo põe imóveis à venda
O empresário Michael Klein, acionista minoritário da Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, colocou à venda um pacote de dez imóveis comerciais, segundo três fontes a par do assunto. No conjunto de ativos, há centros de distribuição, galpões e lojas na Grande São Paulo, no interior do Estado e em Minas Gerais. Juntos, os bens são avaliados no mercado em cerca de R$ 2 bilhões. As negociações estão em estágio inicial e já atraíram gestoras especializadas em ativos imobiliários, como HSI, e empresas do setor como Brookfield, BR Properties e GLP.
Michael Klein confirmou que colocou à venda alguns de seus imóveis, como dois centros de distribuição da região metropolitana de Belo Horizonte, totalizando 130 mil m² de área bruta locável. Um dos centros está vago, mas o outro está alugado para a Via Varejo.
Outros ativos da lista ficam na região do ABC Paulista, um em Santo André e outro em São Bernardo do Campo. Totalizando cerca de 130 mil m², os prédios estão alugados para a dona da Casas Bahia e para a fabricante de pneus italiana Pirelli.
Klein disse que está sempre em busca de oportunidades para readequar a carteira de imóveis. Hoje, tem um projeto em construção em Cajamar (SP), com 80 mil m² de área para locação, além de outro galpão em desenvolvimento, em uma área próxima. “Vamos ficar antes do pedágio de Cajamar”, ressalta.
O empresário afirmou que a meta é concentrar as propriedades em locais próximos a São Paulo e oferecer ao mercado imóveis mais novos, o que facilitaria a administração tanto do ponto de vista geográfico quanto de manutenção. Os imóveis de Minas Gerais, segundo ele, fariam mais sentido para um fundo imobiliário com atuação mais pulverizada pelo País.
Relação com a Via Varejo
De acordo com um dos potenciais investidores nos imóveis dos Klein, o ponto negativo dos ativos é a concentração nas mãos de um só locatário. A Via Varejo hoje ocupa cerca de 75% dos imóveis da família. O ponto sensível, disse essa fonte, é o fato de o setor varejista ainda passar por dificuldades, com o risco de fechamento de lojas, o que pode comprometer a receita futura.
O empresário, porém, lembra que a Via Varejo é uma boa inquilina e que alguns dos contratos são de longo prazo (20 anos). Isso poderia, segundo ele, ser vantagem especialmente em regiões onde a atividade empresarial é mais restrita.
(Com informações de o jornal O Estado de S. Paulo)
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