Sua empresa usa dados confiáveis para alcançar metas de vendas?
Na edição desta segunda-feira do Cá Entre Nós, Ari Bruno Lorandi fala sobre a importância de uma gestão baseada em dados. Esse tipo de gestão permite otimizar processos, aproveitar oportunidades no mercado e aumentar a eficiência. “A gestão baseada em dados é fundamental para inteligência comercial. Ao analisar dados, as empresas podem detectar ilhas de oportunidades. Hoje é necessário basear decisões em dados concretos em vez de intuição”, afirma.
Lorandi ainda compartilha um pouco de sua experiência de mercado. “Já vi empresas com metas para determinadas regiões muito mais altas do que o potencial de vendas daquele mercado. Evidentemente o resultado não vinha e a culpa geralmente era do representante. O oposto também era frequentemente, mercados potencialmente fortes eram desprezados ou subestimados”, observa.
E ele prossegue: “Todos sabem que demanda de móveis no Brasil é muito menor do que a oferta das empresas. A pressão do departamento comercial é alta e a solução encontrada é sempre a mesma: baixar o preço além do que faz o concorrente e ganhar a venda.
Há mais de 20 anos, baseado em dados oficiais e pesquisa de consumo das famílias do IPC Marketing, uma conceituada empresa de dados, criamos o Mapa do Mercado, um levantamento do potencial de consumo de móveis no Brasil, analisando cada município e o tamanho do mercado para móveis de cada ambiente da casa.
Se temos pouco mais de 73,6 milhões de domicílios, não podemos imaginar vender 80 milhões de cozinhas. E se todos substituíssem suas cozinhas a cada 10 anos, o mercado aparente de cozinhas é de 7,3 milhões por ano. Ainda, existem 6 classes sociais. Logo, cada empresa tem a disposição apenas os domicílios da classe econômica alta, média ou baixa, dependendo dos móveis que a empresa produz.
Além disso, temos regiões muito diferentes umas das outras. A renda per capita é variável, e quantas outras variáveis devemos considerar para estabelecer metas corretas para cada região, para cada representante? Qual a posição daquela região no ranking de consumo? Quantas lojas de móveis tem na região para alcançarmos nossa meta de vendas? E, mais: os móveis da sua empresa são voltamos a qual classe econômica? Qual o tamanho desta classe em determinada região?”. Confira o comentário completo no player acima.
Notícias da semana
Ari Bruno Lorandi destaca quatro tendências para o varejo apresentadas na NRF 2025, o principal evento do setor varejista, realizado em Nova York. Entre as principais tendências apresentadas estão o uso de Inteligência Artificial para coletar dados de clientes e criar experiências personalizadas; transformação de lojas físicas em hubs de conexão; social commerce e a sustentabilidade.
Outra notícia importante trazida pelo apresentador é o anúncio da realização do SC Day USA, entre 23 de abril e 1º de maio, na cidade de High Point, no estado da Carolina do Norte (EUA). O evento será realizado pela Federação das Indústrias de SC (FIESC) e tem como objetivo levar os fabricantes para participarem de uma das maiores feiras de móveis do mundo, promover rodadas de negócios e participação em seminários técnicos na Universidade de High Point, além de visitas técnicas a indústrias locais e capacitação setorial.
Enquanto isso, aqui no Brasil, o preço dos móveis apresentou bom comportamento no varejo. “Pensando pelo lado do problema inflacionário do País isso é bom, mas quando se sabe o quanto subiram as matérias-primas e insumos para a produção de móveis em 2024, ficar 25 pontos percentuais abaixo da média geral do IPCA não é um bom negócio. O IPCA geral subiu 4,83% e móveis 3,85. Segmento, a maior alta foi dos móveis de quarto com 4,77% e a menor taxa ficou com cozinhas, com 2,31%”, analisa Lorandi.
Para assistir ao 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi na íntegra é só clicar no player acima.
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