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Temos uma notícia boa e outra ruim. E sugestão às associações

Por Natalia Concentino - 19 de Junho 2024

A venda de móveis no varejo começou a dar sinais positivos. Pesquisa de abril do IBGE mostra um desempenho muito bom. Em relação a abril do ano passado a alta do volume comercializado chegou a 9,9% e atingiu 11,4% em receita nominal de vendas. No acumulado dos primeiros quatro meses deste ano a expansão é de 1,9% e 3,5%, respectivamente em volume e receita.

 

A notícia ruim é que, ao contrário de algumas informações que circularam, as doações de painéis de madeira para produção de móveis às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, foi pífia. Levantamento feito pelo jornalista Guilherme Arruda, e que estarão na edição de junho da revista Móveis de Valor, mostra que apenas a Duratex participou efetivamente do esforço para minorar os problemas dos gaúchos. 

 

Cá entre nós

 

Há quase 40 anos atrás houve um movimento importante no setor moveleiro em busca de mais representação institucional. Existia uma entidade nacional – a Afam (Associação dos Fabricantes de Móveis do Brasil) que por sinal teve entre seus presidentes o saudoso Lourenço Castelan, Álvaro Weiss e Aldo Cini.

 

A necessidade de defender interesses mais regionais fez surgir associações nos principais estados produtores de móveis como Movergs no Rio Grande do Sul, Movesp em São Paulo, Movesc em Santa Catarina entre outros estados. Hoje sobrevive apenas a Movergs.

 

Por que as entidades sempre tiveram dificuldades de unir um importante número de empresas em seu entorno?  A principal razão, na minha opinião, foi a falta de objetivos claros e de consenso. 

 

leia: Cá entre nós: E-commerces de móveis registram novos prejuízos

 

Outro motivo é a presidência da entidade ser ocupada por um empresário do setor. A função do presidente é pleitear, reivindicar, criticar e defender com veemência sua categoria, seja junto ao poder público ou junto aos fornecedores. E fazer isso pode desagradar alguém e refletir na empresa. Por outro lado, se a empresa do presidente tiver algum problema, isso acaba refletindo na entidade.

 

Está na hora das entidades contratarem um Presidente Executivo. Especialista e com amplo conhecimento do setor e de suas peculiaridades, capaz de garantir resultados do plano de atividades previamente aprovado pelos associados.

 

Isso não constitui nenhum demérito para os presidentes que aí estão, muitas vezes abdicando de um tempo importante em suas empresas para cuidar da função na entidade de classe.

 

Está na hora de repensar o papel das entidades para colocá-las em condições de representar o conjunto da categoria, seja ela moveleira ou colchoeira. Concorda?

 

Veja no player acima o programa 10 Minutos com Ari Bruno Lorandi na íntegra.

 

 

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