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Títulos de renda fixa batem captações recorde em 2022

Revisado Natalia Concentino - 09 de Fevereiro 2023

O ano de 2022 foi marcado por captações recordes em títulos de renda fixa, com R$ 456,8 bilhões arrecadados, o maior valor da série histórica. O destaque foi para as emissões de debêntures, que encerraram o ano com R$ 271 bilhões, sendo que de R$ 39 bilhões do total, foram destinados ao financiamento de infraestrutura.

 

Mercado de securitização 

 

O mercado de securitização também teve destaque, com as captações de CRAs e CRIs atingindo R$ 91,1 bilhões, também o maior valor da série histórica. Os CRs (Certificados de Recebíveis), que possibilitam o financiamento de empresas menores em setores além do agrícola e imobiliário, iniciaram a captação em dezembro, com volume de emissões de R$ 100 milhões.

 

FIDC


As emissões de FIDC somaram R$ 46,2 bilhões em 2022, projetando-se como um instrumento promissor no varejo, graças à modernização da regra de fundos. As captações com FIIs totalizaram R$ 24,7 bilhões, com destaque para dezembro (R$ 6,8 bilhões). Já as ofertas de Fiagro, que devem receber regulamentação específica este ano, encerraram o ano com volume de R$ 7,1 bilhões.

 

Fusões e aquisições

 

No mercado de M&A, houve uma queda de 7,8% em relação ao ano anterior, com 1.753 transações realizadas e um total estimado de U$$ 86 bilhões, uma redução de 39,9% em relação a 2021.

 

leia: Investimentos tiveram queda de 2,1% em novembro, aponta Ipea

 

Renda variável

 

O mercado de ações sofreu com as altas taxas de juros e um ano difícil, o que resultou em poucos IPO's (Ofertas Públicas Iniciais de Ações) e uma redução no volume de follow-ons (ofertas subsequentes de ações). O total de follow-ons foi de apenas R$ 54,6 bilhões.

 

Perspectivas para 2023

 

Acredita-se que o cenário segue positivo para a renda fixa, apesar das incertezas econômicas. Espera-se que o setor de infraestrutura continue como uma das principais destinações dos recursos captados, além da demanda por investimentos em energia renovável. Já as emissões de ações (IPO's e follow-ons), dependem do desempenho da economia e da conjuntura política, entre outros fatores. Em relação aos CRs, espera-se que esses instrumentos continuem a se popularizar e a atrair investidores do varejo, especialmente após a regulamentação dos Fiagros.


Quanto aos bancos de fomento, espera-se uma expansão do BNDES, fortalecida pelo novo governo, que pretende estimular o crescimento e a reindustrialização do país.

 

Veja quadro abaixo:

 

(Proinvest)

 

 

(Informações da PROINVEST Finance)

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