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Trabalhadores do polo de Arapongas pedem reajuste de mais de 10%

O Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (SIMA), pela classe empresarial, e representantes de sindicatos dos trabalhadores das indústrias de móveis iniciaram nesta semana as negociações voltadas à convenção coletiva. A primeira reunião foi realizada na segunda-feira (03) no auditório do SIMA. Os representantes dos trabalhadores abriram a negociação pedindo o INPC, mais 3% de reajuste real e outros 3% a título de valorização da categoria, perfazendo um total de 10,37% de reajuste. Além disso, eles apresentaram uma pauta com mais de 100 reivindicações sociais.

 

“Foi uma reunião em clima cordial, em que nós ouvimos as reivindicações dos representantes dos trabalhadores. A partir de agora, o desafio para ambos os lados será encontrar um valor comum, que possa manter o emprego e, ao mesmo tempo, atender dentro do possível o trabalhador”, avaliou José Lopes Aquino, presidente do SIMA.

 

Para ele, a maior dificuldade está na baixa demanda de vendas que atinge o setor moveleiro de Arapongas e de todo o Brasil, com margens ainda insuficientes para conceder um reajuste mais expressivo. Segundo ele, o setor ainda se ressente da retração ocorrida durante a pandemia e da alta dos custos. “Porém, uma assembleia patronal já foi também convocada para apresentar as reivindicações dos sindicatos dos trabalhadores e avaliar o que pode ser feito dentro da realidade do polo”, adiantou o presidente. Aquino destacou ainda que a data-base é 1º de maio, mas que o SIMA, diante da conjuntura econômica que penaliza o setor, resolveu adiantar as negociações, dando mais tempo para o debate.

 

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas (STICMA), Carlos Roberto da Cunha, considerou positiva a primeira reunião. Ele disse reconhecer que o momento econômico causou retração no setor moveleiro, mas afirma que há uma defasagem acumulada nos salários dos trabalhadores que precisa ser gradualmente corrigida para restaurar o poder de compra. “O que vimos aqui hoje foi a abertura de um processo de negociação que esperamos ocorrer dentro do bom senso”, salientou. Quanto à pauta de reivindicações, ele destaca, entre outras coisas, a reivindicação de um auxílio alimentação de R$ 350, assistência médica e maior rigor no fornecimento dos equipamentos de proteção individual (EPIs).

 

Pelo SIMA, participaram da reunião, além de Aquino, o diretor Sílvio Luiz Pinetti e o assessor jurídico Dr. José Manuel Garcia Fernandes. Pelo lado dos empregados, além de Carlos Roberto da Cunha, participaram Mauro Cardoso dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Maringá (SINTRACOM), Denilson Pestana, presidente do SINTRACOM Londrina e presidente da Nova Central Sindical – Paraná, Fabrício Monteiro de Oliveira e Ataíde da Cruz Botelho, secretário geral e secretário de Finanças do STICMA, e Luiz Afonso de Melo, diretor do SINTRACOM Londrina.

 

(Com informações TN Online)

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