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TVs podem ser as novas aliadas do varejo

Por Marina - 15 de Fevereiro 2018

A ideia de realizar vendas pela televisão não é nova. Canais exclusivos para o comércio existem há muito tempo. Neles,  apresentadores oferecem produtos e propagandeiam suas qualidades. Os consumidores são convidados a telefonar para fazer o pedido.

 

No Brasil, existem canais dedicados a comercializar produtos, como o Shoptime. A própria marca Polishop se tornou popular ao comprar horários na televisão para expor seus itens. Ou seja, faz tempo que vender pela televisão se tornou um bom negócio.

 

Mas o “t-commerce” é diferente. Essa nova modalidade se beneficia de duas novas tecnologias que estão se tornando cada vez mais populares no Brasil: a TV digital e Smart TV.

 

A primeira está relacionada ao desligamento do sinal analógico. A implantação da tevê digital possibilita uma melhora significativa da qualidade das imagens e maior interatividade com os telespectadores. A mudança definitiva já aconteceu em algumas cidades brasileiras, como Curitiba, São Paulo e Brasília. Já as Smart TVs permitem que os telespectadores permaneçam conectados à internet por meio da televisão. Dessa forma, eles podem acessar conteúdos ou fazer compras enquanto assistem à programação.

 

Empresa americana investe no Brasil

 

Uma empresa americana começa a dar os primeiros passos para implantar essa tecnologia no Brasil. A californiana Cinemall, que desenvolveu um produto para viabilizar o t-commerce, abriu recentemente um escritório em São Paulo. Por enquanto, a ferramenta está funcionando apenas para conteúdos online, mas a empresa já está em negociação com grandes redes de televisão.

 

A primeira experiência no Brasil foi feita com Rede Brasil de Televisão (RBTV). Hoje, quem assiste aos programas online pode observar o logotipo da Cinemall no lado esquerdo da tela. Basta clicar no símbolo para ver os produtos à venda e o preço de cada item.

 

O telespectador/consumidor consegue adicionar os itens no carrinho de compras (similar ao das lojas online) e pode fechar a compra durante ou após assistir ao programa. Os fornecedores dos produtos são e-commerces que têm parceria com a Cinemall.

 

A emissora consegue ter acesso aos relatórios que mostram quantas vendas foram geradas. Além disso, ela é remunerada com um percentual das vendas.  Do outro lado, os e-commerces conseguem mensurar o retorno imediato da exposição de seus produtos.

 

A Cinemall não é a primeira empresa a tentar transformar telespectadores em consumidores.  Na verdade, esse é um campo promissor, mas repleto de obstáculos. A também americana Delivery Agent Inc. foi uma das pioneiras nessa tecnologia nos Estados Unidos. A empresa – fundada em 2005 –  teve em seu portfólio grandes empresas, como a Dunkin Donuts, HBO e a Toyota.  Mas a entrou com um pedido de falência no ano passado.

 

Uma das explicações está relacionada aos hábitos dos consumidores. Eles nem sempre conseguem associar um momento de lazer e descontração, com a compra imediata de produtos.   Por mais que os telespectadores estejam habituados aos comerciais de televisão, eles ainda não têm o costume de fazer compras por impulso enquanto assistem aos seus programas favoritos. Os desafios da Cinemall são mudar esse padrão de consumo e fazer o t-commerce relevante tanto para o mercado brasileiro, quanto para o americano. 

 

(Com informações do Diário do Comércio)

 

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