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Ubá pode recuperar empregos perdidos na crise nas moveleiras

Por Natalia Concentino - 27 de Janeiro 2020

Após perder cerca de três mil postos de trabalho nos últimos anos, em função da recessão econômica vivida pelo Brasil, o polo moveleiro de Ubá, na Zona da Mata mineira, encerrou 2019 com níveis de emprego superiores aos do período pré-crise. De acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá (Intersind), Áureo Calçado Barbosa, o Arranjo Produtivo Local (APL) conta hoje com mais de 16,8 mil vagas. “Antes da crise tínhamos pouco mais de 16 mil empregos. Com o início da retomada econômica neste exercício, conseguimos reverter as taxas do mercado trabalho”, comemorou.

Em termos de faturamento, assim como outros setores, após três anos consecutivos de queda, o polo também voltou aos patamares positivos em 2019 e fechou o exercício com crescimento.  E, segundo Barbosa, a expectativa é que 2020 seja ainda melhor.

“O ano de 2019 superou os anteriores e encerramos com um leve crescimento sobre 2018. Já para este ano estamos esperando um desempenho cerca de 20% melhor, que deverá ocorrer tanto pela recuperação da economia, quanto pela absorção da demanda reprimida dos últimos exercícios”, explicou.

Conforme o presidente do Intersind, nos últimos meses de 2019 já foi possível observar incremento dos pedidos, que foram impulsionados pelo aquecimento tradicional de fim de ano e pela expectativa na retomada mais consistente da economia a partir do exercício que vem. “Percebemos que as medidas adotadas pelo governo federal já começaram a surtir efeitos quanto a confiança no Brasil. Os investimentos estão voltando e os resultados já começaram a aparecer”, comentou.

A conjuntura econômica também deverá impulsionar os negócios do setor em 2020. Para o dirigente, a combinação de fatores como inflação baixa, taxa básica de juros (Selic) no menor patamar histórico e aprovação das reformas estruturantes fará com que as projeções se confirmem não apenas para a indústria moveleira, mas para o setor produtivo brasileiro em geral.

E caso os pedidos realmente se confirmem, as cerca de 300 empresas localizadas no APL precisarão se ajustar à demanda novamente. É que com a queda dos últimos anos, as indústrias desativaram algumas linhas de produção. O que, por outro lado, agora se torna positivo, por se tratar de um potencial de crescimento a partir da ociosidade de máquinas instaladas, mas não tripuladas, segundo Barbosa.

(Com informações do Diário do Comércio)

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