Minas Gerais comemora resultados positivos no setor moveleiro
O setor moveleiro de Minas Gerais acompanha os índices de crescimento no Brasil, que chegaram a 14,7% no primeiro trimestre de 2021.
De acordo com a presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário e Artefatos de Madeira de Minas Gerais (Sindimov-MG), Iara Abade, esse segmento representa 3,9% das atividades industriais do Estado. A dirigente falou ainda que esses indicadores mostram um setor que não sofre na pandemia, inclusive, gerando oferta de empregos.
“O que de concreto nós temos para Minas Gerais, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda, é um crescimento na arrecadação do ICMS de 49,45% no primeiro quadrimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020", acredita.
"Nós temos também dois outros indicadores importantes para o setor em Minas. O primeiro é o crescimento da exportação de móveis de Minas Gerais, que atingiu o patamar de 32,8% no primeiro trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2020. O segundo é o volume de emprego na indústria moveleira do Estado, que em fevereiro teve um ligeiro crescimento da ordem de 0,3%, que ficou acima da média brasileira de 0,2%”, esclarece.
Ela completa: “Inclusive, há vagas no setor e temos dificuldade em preenchê-las mesmo tendo observado um aumento da remuneração média desse profissional. Esses dados indicam que o crescimento da fabricação de móveis de Minas Gerais acompanhou a média de crescimento brasileira”.
A dirigente explica o que motivou o crescimento. “Nós já vínhamos com uma demanda bastante reprimida dos últimos anos. A pandemia contribuiu para liberar esse consumo que estava reprimido. As pessoas passaram efetivamente a viver mais em casa. Hoje, elas não apenas moram em casa, mas trabalham, estudam e se socializam em casa. Essa é uma consequência da pandemia”, afirma.
Segundo Iara Abade, a demanda é grande por todo tipo de móvel: “Vende-se de tudo, desde um colchão novo a bancada para espaço gourmet. Há demanda para todo o tipo de móvel. Há demanda do móvel pronto básico até o de alta decoração. A casa efetivamente ganhou outro valor".
A presidente do Sindimov-MG fala sobre os aumentos dos valores da matéria-prima usada no setor. "Nós tivemos uma escassez grave de matéria prima entre o último semestre de 2020 e o início de 2021, com uma disparada de preços. Hoje, a escassez está quase se normalizando. Porém, os preços de matéria prima continuam subindo. Até o ano passado, a indústria moveleira absolveu boa parte desses custos, deixando de repassá-los para o consumidor”, declarou.
Iara, contudo, diz não ser mais possível segurar esse aumento. “Chegamos em um momento que não é mais possível absorver mais esses custos e as empresas estão tendo que repassá-los para os seus preços de venda, mas a gente verifica que nem com isso a demanda está recuando”, avalia.
(Com informações da Rádio Itatiaia)
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