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Valor de grandes redes desaba

Por Daniela Maccio - 09 de Dezembro 2015

A montanha russa pela qual passa o varejo brasileiro é refletida pela trajetória das ações da Via Varejo e Magazine Luiza - maiores redes de móveis e eletros do País. A líder Via Varejo, controlada pelo francês Casino, que abriu seu capital em 16 dezembro de 2013 e foi avaliada à época em R$ 5,9 bilhões, teve seu valor reduzido a menos da metade, a R$ 2,64 bilhões. No Magazine Luiza, o tombo foi maior: quando estreou na Bolsa, em 28 de abril de 2011, valia R$ 2,4 bilhões. No dia 13 de novembro deste ano, estava avaliada em R$ 234 milhões.

 

Marcelo Silva, presidente do Magazine Luiza, disse que a crise política e econômica travou o País. "Houve uma mudança no consumo. Mas passamos por várias crises e o cenário pode mudar”. A rede aposta no comércio online, que tem menos capital imobilizado, e quer impulsionar a sua empresa virtual Época Cosméticos, adquirida em 2013. Além disso, o Magazine Luiza também está se concentrando em itens com maior apelo de vendas, como TVs inteligentes, smartphones e tabletes. Em 2010, o grupo comprou a Lojas Maia, que expandiu os negócios do grupo no Nordeste. O processo de integração, segundo analistas, foi mais demorado que o esperado.

 

Já a Via Varejo, nos últimos meses, reavaliou a sobreposição de bandeiras (Casas Bahia e Ponto Frio) para arrumar a casa. A companhia vai manter a prática de preços agressivos, desde que não afetem as margens. A intenção, com essa liquidação, é girar estoques numa velocidade maior e ficar menos dependente de crédito bancário.

 

As redes regionais enfrentam dificuldade ainda maior para sobreviver. A mineira Eletro Zema vai dar marcha à ré este ano. Segundo o presidente, Romeu Zema, o faturamento da empresa deve regredir dois anos, para R$ 1,3 bilhão - mesmo patamar de 2013. "Chegaremos a dezembro com prejuízo, depois de muito tempo no azul”, afirma. O terceiro trimestre, segundo ele, foi o pior de todos até agora, com queda de 20% nas vendas. "Não assistíamos nada parecido desde a época do Fernando Collor".

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