Varejistas encontram soluções em parcerias com fintechs
Recentemente, duas varejistas tradicionais anunciaram parcerias com fintechs – startups especializadas em serviços financeiros. A Via Varejo criou um banco digital junto com a Airfox, enquanto a Lojas Obino, do Rio Grande do Sul, recorreu à Credz para ter seu próprio cartão. Não seria nenhuma novidade uma loja ter seu cartão, mas o que chama a atenção é a escolha por firmar uma parceria com uma startup. A dona da Casas Bahia foi além e entrou na tendência dos bancos digitais, uma das grandes apostas das fintechs atualmente.
Mas é importante lembrar que há anos grandes varejistas entraram na onda dos cartões próprios, que prometem facilitar a vida dos clientes, inclusive com ofertas de cartão de crédito, geralmente para aqueles que não possuíam cartões tradicionais, dos bancos – que costumam ter mais exigências e burocracia. A Lojas Obino ainda não tinha investido nesse mercado, porém agora seus clientes poderão usar o sistema de pagamento próprio da loja e usar o cartão, que possui bandeira Visa, em qualquer outro estabelecimento. Uma parceria feita para beneficiar a todos.
O diretor de desenvolvimento de negócios da Credz, Flávio Simões, detalhou todos os benefícios da união. “Para a Credz, o Cartão Obino Credz Visa inaugura a sua entrada no segmento de eletromóveis. Representa também uma ampliação da atuação da nossa empresa fora do estado de São Paulo. Já para o varejista, o cartão atrai novos clientes, fideliza, aumenta a recorrência, incrementa o tíquete médio, ou seja, aumenta o faturamento e melhora os resultados. Além disso, valoriza fortemente a sua marca no mercado e lhe permite conhecer melhor o comportamento de consumo do seu cliente”, explica.
Leonardo Nocchi Macedo, gerente administrativo e financeiro da Lojas Obino, também opina sobre a parceria e a fidelização de clientes. “A concepção inicial parte da necessidade do varejo em otimizar seu processo de crédito, facilitando novas compras sem passar pelo crivo de nova análise. O cartão também proporciona a fidelização do cliente, fator extremamente importante para qualquer empresa”.
Flávio também diz que o cartão vai proporcionar muitas vantagens para os consumidores, principalmente por conta da tecnologia e facilidades. “Os clientes vão ter acesso a um cartão de crédito internacional e com tecnologia contactless, fazendo o pagamento por aproximação. Nós também dispomos de um aplicativo e uma central de atendimento 24h, que pode ser contatada via chat, dentre outras vantagens”, complementa.
Também caminhando para facilitar a vida dos consumidores, a Via Varejo resolveu ser mais ousada e criar o banQi, que é um banco digital voltado às classes C, D e E. Os clientes que costumam ir às Casas Bahia e Ponto Frio, por exemplo, geralmente pertencem a essas classes sociais e têm menos acesso a opções de crédito, o que serviu de inspiração para que a gigante do varejo procurasse a Airfox, uma startup que presta serviços de pagamento.
O CEO da Airfox, Victor Santos, conta que essa parceria também nasceu de um desejo particular de criar um banco que fosse capaz de atender todos os brasileiros. “Nosso objetivo é ter um banco que atenda a todos os brasileiros, que não discrimina e nem rejeita clientes. A parceria com a Via Varejo é importante nessa estratégia. Muitos brasileiros conhecem e confiam na marca da Casas Bahia, portanto os clientes banQi podem ter acesso aos serviços bancários e, também, pagar o carnê digital. O que não fecha as portas para que pessoas que não consomem produtos dessas lojas sejam bem-vindos no banQi”, faz questão de ressaltar.
Segundo as informações repassadas pela assessoria de imprensa da Via Varejo, a criação do banQi serve para fortalecer a política de inclusão da companhia. “É incrível sabermos que essa plataforma nos permite potencializar nosso DNA de inclusão, além de ser uma forma inovadora e tecnológica que visa facilitar ainda mais a vida dos nossos clientes, principalmente aqueles que chamamos de ‘desbancarizados’. Atualmente, mais de cinco milhões de clientes contam com um carnê pré-aprovado para compras e, se fôssemos um banco, seríamos a 4ª maior operação do país em empréstimos”, diz a nota enviada.
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