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Varejo do futuro: 6 tendências que vão mudar o jogo

Revisado Natalia Concentino - 12 de Setembro 2023

Uma das maiores engrenagens da nossa economia está em plena transformação: o varejo. À medida em que a tecnologia avança a passos largos e os consumidores se tornam cada vez mais exigentes e conectados, o setor varejista se reinventa, navegando por mares anteriormente inexplorados. 

 

Quando olhamos para trás, vemos o quanto o varejo já se transformou. Há 23 anos, numa época onde os corredores eram os principais palcos de novidades e desejos, 99% das compras eram realizadas em lojas físicas. Mas o varejo, assim como tudo, evoluiu. Surgiu o mundo multicanal, com marcas explorando novos horizontes e adicionando canais para ampliar a conveniência dos seus clientes. No entanto, essa evolução veio com seu próprio conjunto de desafios. 

 

O principal? A falta de integração entre esses canais, criando um mundo fragmentado de experiências de compras. Há seis revoluções silenciosas moldando o futuro do varejo, determinando quem se destaca e quem fica para trás. 

 

Cada uma dessas tendências cria um panorama completamente novo, onde o consumidor está no centro e a experiência é a joia da coroa. Neste cenário, entender e capitalizar essas transformações não é apenas uma estratégia, mas a chave para a sobrevivência e o sucesso no mundo do varejo do amanhã. 

 

1- Unified Commerce

 

Quando olhamos para trás, vemos o quanto o varejo já se transformou. Há 23 anos, 99% das compras eram realizadas em lojas físicas, onde também acontecia a maioria das descobertas de produtos. 

 

Uma época onde os corredores eram os principais palcos de novidades e desejos. Mas o varejo, assim como tudo, evoluiu. Surgiu o mundo multicanal, com marcas explorando novos horizontes e adicionando canais para ampliar a conveniência dos seus clientes. No entanto, essa evolução veio com seu próprio conjunto de desafios. O principal? A falta de integração entre esses canais, criando um mundo fragmentado de experiências de compras. 

 

Omnichannel transformou-se na chave-mestra do varejo contemporâneo, abrindo portas para um crescimento sem precedentes e uma experiência de atendimento superior. Ele minimizou a ruptura ao assegurar que o estoque do e-commerce refletisse o inventário completo da marca, além de habilitar as lojas a acessar esse estoque unificado. 

 

As possibilidades não pararam por aí. Os clientes agora podiam comprar produtos online para retirada em loja, ou até mesmo optar por entregas expressas em até 2 horas, aproveitando o estoque da loja mais próxima. 

 

Na Linx, dominamos quase 60% dos pedidos omnichannel no Brasil. Não resta dúvidas de que o omnichannel desempenhou um papel crucial no crescimento do varejo. 

 

No entanto, ele já começa a mostrar sinais de maturidade. E quando olhamos para o futuro? A indústria já está com os olhos voltados para o Unified Commerce. 

 

A grande reviravolta aqui? Enquanto o omnichannel é sobre a marca e seus canais, o Unified Commerce coloca o cliente no centro de tudo. Não se trata apenas de onde e como comprar, mas da experiência completa que uma marca pode oferecer ao cliente. Seja um vendedor que saiba que seu cliente está navegando no site, uma promoção que é igualmente válida tanto online quanto offline, ou até mesmo a recuperação de carrinhos abandonados por equipes de vendas. 

 

Porque, no final das contas, o cliente não vê os canais. Ele vê a marca. E a marca, através do Unified Commerce, pode oferecer a ele a máxima conveniência em qualquer situação. 

 

A verdade é que, após 20 anos na era do omnichannel, o Unified Commerce é o horizonte brilhante que se aproxima. E enquanto muitas evoluções ainda estão por vir, na Linx estamos comprometidos em liderar essa transformação, garantindo as melhores soluções para nossos clientes. 

 

2- Varejo de proximidade

 

Há uma mudança silenciosa, mas poderosa, acontecendo nas ruas de nossas cidades e bairros: a redescoberta do varejo local. 

 

Um estudo do Think with Google (2022) aponta que as pesquisas online por empresas locais dispararam em 900% nos últimos dois anos. Pare para pensar: esse número não é apenas sobre comprar produtos. Ele retrata uma profunda ânsia dos consumidores por conexões autênticas, relações que transcendem a simples transação comercial. E a Criteo corrobora com essa ideia, ao indicar que 72% dos consumidores querem ver e sentir um produto pessoalmente antes de clicar no botão “comprar” online. 

 

Os negócios locais não são apenas estabelecimentos que vendem produtos, mas sim pontos de encontro, troca e experiências. São lugares onde os vendedores sabem o seu nome, onde cada compra tem uma história e onde cada centavo gasto se reflete na economia local, apoiando empregos, famílias e sonhos. 

 

Grandes varejistas estão percebendo o poder da proximidade. Estão adaptando, se reinventando e se integrando às comunidades, abrindo espaços menores e mais personalizados, em uma tentativa de capturar a magia que os negócios locais emanam. 

 

3- Mídia de varejo 

 

Publicidade, em sua essência, sempre foi sobre capturar a atenção. Algumas revoluções redefiniram a maneira como as marcas se comunicam com seu público. 

 

A primeira delas veio por meio de anúncios com as search engines, do Google. Em seguida, redes sociais como Facebook, Instagram e TikTok. Agora, temos a próxima grande onda com a mídia de varejo. 

 

O conceito por trás da mídia de varejo é simples, mas poderoso. Ao capitalizar o espaço, seja físico ou digital, os varejistas não apenas vendem produtos, mas também vendem atenção — abrindo uma nova linha de receita sem grandes investimentos iniciais. 

 

Nos Estados Unidos, espera-se que o mercado de mídia de varejo cresça de U$S 30 bilhões em 2022 para surpreendentes U$S 110 bilhões em 2027. Uma pesquisa da Universidade Berkeley revelou que os anúncios em mídia de varejo já superam as formas tradicionais de publicidade, com uma taxa de cliques 20% maior e taxa de conversão 15% superior. No Brasil já há grandes varejistas faturando mais de R$ 1 bilhão em 2023 com esse modelo de negócio. 

 

A mídia de varejo não se limita apenas ao digital, se mostrando extremamente valiosa no físico também, onde o varejista controla a atenção do cliente. Parcerias estratégicas são formadas entre varejistas e empresas que desejam atingir um público específico. É uma simbiose, na qual ambos se beneficiam: as marcas ganham visibilidade direta, enquanto os varejistas enriquecem a experiência do cliente em suas lojas. 

 

Quando falamos de e-commerce, a mídia de varejo no Brasil tem um nome que se destaca: Linx. Ela não apenas reconheceu o potencial da mídia de varejo, mas também lidera esse movimento com o Linx Ads, responsável pela maior plataforma de retail media do país, transformando varejistas em verdadeiros publishers. Essa influência foi traduzida em números, com mais de 85 milhões de cliques em anúncios veiculados por meio da plataforma da Linx em 2022. 

 

leia: Contratação de serviços do varejo quase sempre é feita por urgência

 

4- Economia dos criadores 

 

Fomentada pelo crescimento das mídias sociais, a “creator economy” reflete a mudança da tradicional promoção de produtos para uma narrativa mais experiencial e envolvente. Os influenciadores e criadores de conteúdo não são apenas vozes amplificadas na internet, eles são facilitadores. 

 

Mas a pergunta é: como os varejistas podem capitalizar sobre essa onda crescente da “creator economy”? Primeiro, é essencial reconhecer a importância do engajamento. A era da Página de Produto (PDP) – simples descrições e uma imagem estática – está cedendo espaço para a Página de Experiência do Produto (PXP). Estas PXP’s são ricas, interativas e abrangentes, oferecendo uma série de informações que buscam informar e, também, encantar o cliente. 

 

Os varejistas que desejam prosperar na era digital não devem apenas observar passivamente essa mudança. Eles devem se tornar participantes ativos, fornecendo plataformas e experiências que refletem autenticidade e engajamento. Neste contexto, soluções como o “Linx Reviews powered by TrustVox” surgem como ferramentas inestimáveis. 

 

5- IA Commerce 

 

A personalização para o consumidor é certamente um pilar fundamental da IA Commerce, mas seu potencial vai muito além disso. Ela está pronta para transformar não apenas a forma como interagimos com os consumidores, mas também como os varejistas operam e tomam decisões estratégicas. 

 

Um dos desafios enfrentados pelos varejistas é o processo de compra de mercadorias. Decidir o que, quando e em que quantidade comprar sempre foi uma combinação de arte e ciência. Com a IA, a análise de padrões de compra, tendências de mercado e sazonalidade ajudam na tomada de decisão com o máximo de precisão. 

 

A gestão de lojas também se beneficiará consideravelmente. Imagine um sistema que, ao detectar determinados padrões ou irregularidades, não só alerta o gerente, mas também inicia estratégias automaticamente, otimizando operações e corrigindo problemas antes que eles se tornem críticos. 

 

E os vendedores? Longe de substituí-los. Com uma suíte de ferramentas baseadas em IA, os vendedores serão capazes de entender melhor as necessidades, preferências e históricos dos clientes, oferecendo um atendimento mais personalizado e eficaz. 

 

No mundo do marketing, a IA promete uma otimização como nunca vista. Em vez da abordagem tradicional de teste A/B, em que apenas duas opções são comparadas, a IA generativa permitirá que as empresas testem múltiplas campanhas geradas automaticamente para determinar qual delas oferece o melhor retorno. Isso não apenas otimizará os gastos com mídia, mas também garantirá que cada centavo investido em publicidade tenha o maior impacto possível. 

 

A Linx: liderando a revolução da IA no varejo Ao falar sobre essa revolução em ação, é impossível não mencionar a Linx, uma empresa que exemplifica o poder da integração da IA no varejo. A plataforma LINX Impulse, por exemplo, é uma das maiores do mercado em termos de busca e recomendação. 

 

Cada cliente experimenta um site diferente, adaptado ao seu comportamento individual no ecommerce. Esta abordagem inovadora já proporcionou aumentos de venda em média de 38%, e, em casos excepcionais, de até 316%. 

 

Além disso, a Linx lançou recentemente o “Linx Conversational Commerce“, ferramenta que combina o poder da IA com a acessibilidade do WhatsApp, permitindo uma jornada de venda do início ao fim no aplicativo, integrada ao sistema de pagamento Stone, o que torna o processo de compra mais fluido e eficiente do que nunca. 

 

6- Conexão através do propósito 

 

Por décadas, o mundo corporativo foi guiado quase exclusivamente por lucros. Mas os tempos estão mudando. Os clientes de hoje, impulsionados principalmente pela Geração Z, estão redefinindo o que esperam das marcas. Eles não querem apenas um produto ou serviço. Eles desejam uma experiência alinhada com seus valores pessoais. 

 

Contudo, aqui surge uma desconexão preocupante: segundo o Purpose Index da consultoria Korn Ferrys, apenas 7% dos CEOs conseguem definir qual é o propósito de suas empresas. 

 

Parece alarmante, não é mesmo? Mas, por que isso é tão importante? Vamos analisar alguns dados: 

 

A McKinsey & Company destaca que 70% dos consumidores da Gen Z buscam produtos de empresas éticas. The Boston Consulting Group relata que 62% estão dispostos a pagar mais por produtos de empresas alinhadas aos seus valores. A Nielsen aponta que mais da metade dos consumidores da Gen Z preferem marcas comprometidas com a sustentabilidade. Agora, pense nisso: como sua marca se comunica? Ela reflete um propósito claro e genuíno? 

 

Se você pensa que “propósito” é apenas um termo da moda, saiba que os dados sugerem o contrário. Ter um propósito claro não é apenas uma estratégia de marketing, é uma premissa essencial para o sucesso em um mercado cada vez mais consciente. 

 

Portanto, enquanto você avalia o futuro do varejo e considera as tendências que estão moldando o setor, faça a si mesmo uma pergunta: “qual é o propósito da minha marca?” Se você não sabe a resposta, talvez seja hora de começar a buscar. 

 

*Por Tiago Mello, CMO e CPO da Linx.

 

(originalmente publicado no Brazil Journal)

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