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Venda de móveis cai 7,7% no segundo trimestre

Por Daniela Maccio - 12 de Agosto 2015

Em junho de 2015, o comércio varejista nacional registrou variação de -0,4% no volume de vendas frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, quinta taxa negativa consecutiva. Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral aponta recuo pelo sétimo mês consecutivo (-0,6%) e mantém a trajetória descendente iniciada em dezembro de 2014. Na série sem ajuste sazonal, o confronto com igual mês do ano anterior apontou queda no volume de vendas pelo terceiro mês consecutivo, porém em junho (-2,7%) o recuo foi menos intenso do que os observados em maio (-4,5%) e abril (-3,3%).

 

Nas demais comparações obtidas através da série original, os índices para o varejo nacional, em termos de volume de vendas, foram negativos tanto para o fechamento do segundo trimestre de 2015 (-3,5%), como para o acumulado dos seis primeiros meses do ano (-2,2%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, acentua a trajetória de desaceleração ao registrar recuo de -0,8% em junho após -0,5% até maio. A receita nominal de vendas do comércio varejista, em junho de 2015, mantém-se no campo positivo em todas as comparações: 0,8% em relação a maio de 2015 (com ajuste sazonal), 4,6% frente a junho de 2014, 4,2% no acumulado no ano e 5,5% no acumulado nos últimos doze meses.

 

O segmento de móveis e eletrodomésticos, com queda de -13,6% no volume de vendas em relação a junho do ano passado, foi responsável pela principal contribuição da taxa global do varejo. No acumulado do ano a taxa foi de -11,3% e nos últimos 12 meses, -7,1%.

Este resultado explica-se pelo menor ritmo de crescimento do crédito com recursos livres, que segundo o Banco Central, nos últimos 12 meses, passou 11,8% em junho de 2014, para 4,9% em junho deste ano, além do comportamento da massa de rendimento médio real habitual dos ocupados, com queda de -4,3% em relação a junho de 2014.

Analisando individualmente o setor de móveis, no segundo trimestre a queda no volume de vendas chegou a 7,7% na comparação com o primeiro e -4,6% na comparação com o último trimestre de 2014 e, comparando o desempenho do segundo trimestre desde ano com o mesmo período do ano passado a queda chega a 15,8%.

 

Resultados por estados

Em junho, o volume de venda de móveis no País caiu 10,2% em relação a junho de 2014. As 12 regiões pesquisadas (veja quadro) registram redução, com Goiás e Paraná registraram as maiores quedas com 17,7% e 17,6%, respectivamente. A menor queda ocorreu em São Paulo com 1,7%.

De janeiro a junho a redução nas vendas de móveis no País chegou a 13,0%, com a maior redução sendo verificada em São Paulo (19,1%) e a menor no Ceará (4,2%).

Nos últimos 12 meses o volume vendido reduziu 8,9% no Brasil, com São Paulo e Rio de Janeiro, liderando as baixas, com 14,9% e 14,6%, respectivamente. Apenas o Distrito Federal continua com resultado positivo (0,2%) no período.

A quede do volume não é muito preocupante porque já previmos ao final do ano passado uma redução entre 1% e 2% de redução este ano. Com a crise se prolongando e se acentuando mais do que prevíamos à época, é possível que estes números fiquem um pouco piores, na casa de 3% a 4% de redução ante 2014.

 

VARIAÇÃO DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO

O termômetro mais importante nas vendas é o de receita nominal, onde se observa os gastos da população na compra de bens. E nesta variável, junho registrou contração de 5,4% na comparação com o mesmo mês de 2014. Goiás, São Paulo e Pernambuco registraram as maiores quedas, com 14,4%, 15,5% e 15,5%, respectivamente. Apenas dois estados estão no terreno positivo: São Paulo com a maior alta (9,9%) e Espírito Santo com 1,6%.

No acumulado do ano a variação da receita nominal de vendas foi de -8,4% no País, com São Paulo, Goiás e Pernambuco registrando as maiores baixas: 12,9%, 12,2% e 12,2%, respectivamente. As menores ficaram com 1,1% no Distrito Federal e 1,5% no Espírito Santo.

E, finalmente, no acumulado de 12 meses, em termos nacionais a redução é de 3,3%, com picos de 7,9% em São Paulo e 7,4% em Goiás. Ceará (0,4%), Espírito Santo (1,0%), Rio Grande do Sul (0,6%) e Distrito Federal (6,5%) estão no terreno positivo.

 

VARIAÇÃO DA RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO

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