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Venda de móveis sobe no PR

Por Daniela Maccio - 13 de Abril 2017

Fevereiro foi um mês difícil para o varejo paranaense. De acordo com a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), houve queda de 7,4% ante fevereiro de 2016. O número de dias úteis reduzido, um a menos do que em fevereiro do ano passado, contribuiu para o resultado negativo.

 

Na análise interanual (fevereiro de 2017 comparado com fevereiro de 2016), apenas os setores de móveis, decoração e utilidades domésticas e o de calçados registraram aumento no faturamento, com alta de 14,9% e de 6,5%, respectivamente. No acumulado do ano, estes foram os únicos setores com vendas positivas. O comércio do Estado acumula perdas de 3,9% no primeiro bimestre de 2017. Os piores rendimentos foram observados nos ramos de livrarias e papelarias (-15,5%), combustíveis (-13,3%), autopeças (-11,0%) e pelas lojas de departamentos (-10,2%).

 

Apesar do baixo faturamento, os lojistas estão mantendo o quadro funcional. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o número de funcionários cresceu 1,2% e no acumulado do ano manteve-se estável, com 0,2%. Os setores de móveis, decorações e utilidades domésticas e os supermercados contribuíram para a manutenção dos empregos no varejo. As lojas de móveis, decoração e artigos para o lar foram as que mais contrataram, para dar conta do grande movimento, e tiveram alta de 18,7% na comparação com fevereiro de 2016 e de 18,1% no acumulado do ano.

 

Os supermercados, por sua vez, ampliaram em 8,2% o número de funcionários ante fevereiro do ano passado e em 5,1% no bimestre, principalmente por conta da Páscoa, que terá a primeira alta nas vendas desde 2014, conforme projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
 

Análise regional

O varejo amargou quedas em todas as regiões pesquisadas pela Fecomércio PR. O comércio da região Oeste teve as maiores perdas, com vendas 12,4% menores neste primeiro bimestre do ano. Na sequência ficou Maringá (-7,4%), Ponta Grossa (-6,4%), Sudoeste (-3,3%), Londrina (-2,0%) e Curitiba e Região Metropolitana (-1,1%).
O cenário negativo foi previsto pelos empresários das cidades de Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Foz do Iguaçu, que haviam se mostrado os menos otimistas do Estado na Pesquisa de Opinião do Comércio realizada pela Fecomércio no começo do ano.

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