Vendas da indústria de móveis em 2011 superam R$ 30 bi
Por Edson Rodrigues
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27 de Junho 2013
2011 pode ser considerado bom pelo fato da receita líquida de vendas de produtos e serviços das indústrias de móveis ter alcançado R$ 25,3 bilhões ante os R$ 23,7 bilhões de 2010, ou seja, aumento de 6,7%. Mas o resultado pode ser considerado ruim se observarmos que o número de empresas baixou de 18.307 para 18.218, 0,5% menos, mas o número de empregados subiu 1,5% (de 285.670 para 290.012) e os gastos com pessoal aumentaram 11,7% na comparação entre 2011 e o ano anterior.
Outro dado importante é que 54,3% das empresas de móveis existentes em 2011 tinham mais de 5 pessoas ocupadas e que dos R$ 25,3 bilhões em vendas, estas respondem por R$ 25,1 bilhões, ou seja, 99,2% do total. Não é exagero então dizer naquele ano existiam no Brasil 9.905 empresas moveleiras. Inclusive porque dos 290 mil empregados estas empresas detém 265 mil, mais de 91% do total. E também representam 95% do total da folha de pagamentos que naquele ano chegou a R$ 4.073 bilhões, média de R$ 1.170 por empregado/mês.
Outros números
Em 2011 o consumo de matérias-primas e componentes chegou a R$ 12,870 bilhões e no ano anterior alcançou R$ 12,155, elevação de 5,9%. Este número mostra que se a rentabilidade sobre as vendas não foi boa, a principal responsável foi o aumento da remuneração dos funcionários.
Importante também registrar que o IBGE considera que os valores apresentados na PIA Produto representam 88,29% do total das vendas das empresas industriaiscom 1 ou mais pessoas ocupadas, no mesmo ano, de acordo com a PIA-Empresa. O que isso significa isso? Que, em razão de que nem todas as empresas foram ouvidas ou muitas também não prestaram as devidas informações, o IBGE estima que a pesquisa represente pouco mais de 88% do que foi efetivamente comercializado durante o ano.
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