Vendas de móveis devem crescer 17,8% no Natal
Segundo a Agência Brasil, o Natal deverá movimentar R$ 34,9 bilhões, um aumento de 5,2% em relação ao ano passado, a maior variação desde 2013. A projeção anterior, divulgada pela CNC, apontava crescimento de 4,8%, mas foi revisada porque, segundo a confederação, o cenário de inflação baixa, queda de juros e retomada do emprego nos últimos meses deve melhorar os resultados do varejo este ano.
"O cenário para o comércio está bastante positivo para o curto prazo. O comércio interrompe dois anos de queda", disse o economista-chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes, explicando que a revisão para cima da perspectiva de vendas para o Natal também levou em conta o efeito do pagamento do décimo terceiro salário e não apenas da demanda.
Os segmentos de hiper e supermercados (R$ 11,8 bilhões), lojas de vestuário (R$ 9 bilhões) e de artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,1 bilhões) deverão responder por 74% do faturamento das vendas natalinas deste ano. Em termos relativos, o maior aumento nas vendas deverá ocorrer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 17,8% na comparação com 2016. Segundo Bentes, o crescimento das vendas neste setor é um reflexo "importante da suavização das prestações", por causa da queda de juros.
"Com a renda relativamente estabilizada e aumento do emprego, encaixar prestação no orçamento em 2017 ficou menos difícil do que nos últimos dois anos", explica o economista da CNC, ressaltando que as expectativas de crescimento este ano caminham no mesmo sentido das demais datas comemorativas do varejo. "E todas as datas, desde a Páscoa, têm fechado com leve alta depois de dois anos de fortes quedas. E no varejo do Natal deste ano, deve acontecer isso também", complementa.
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